Com um ataque arrasador, foi vencendo um adversário atrás do outro de forma convincente e chegou ao término da fase classificatória na segunda colocação, oito pontos atrás do seu adversário desta final, o São Caetano. Além disso, venceu os quatro jogos da fase decisiva.
Apesar de terminar atrás do Azulão na primeira fase, o Rubro-Negro teve o mérito de terminar a fase inicial com o ataque mais positivo do campeonato, com 58 gols, dez a mais que o São Caetano. O ataque atleticano foi tão eficiente que mesmo nos jogos em que não atuavam os atacantes titulares (Kléber e Alex Mineiro), os suplentes imediatos (Ilan e Adauto) davam conta do recado. Prova disso foi a partida contra o Botafogo de Ribeirão Preto, em que os meninos reservas marcaram um gol cada e quebraram um tabu do Atlético de nunca ter vencido o Botinha, em Ribeirão.
Mas o Furacão também teve turbulências no campeonato. Teve a “novela” envolvendo o técnico Mário Sérgio e a diretoria do Furacão e após cinco jogos sem vencer, acabou juntando as malas e indo embora “atirando” contra o clube e deixando insinuações contra os jogadores.
Mas aí entra aquele ditado “há males que vêm para o bem”. Com a saída de Mário Sérgio chegou Geninho. Aí tudo mudou. No primeiro jogo dele no clube recuperou o caminho das vitórias derrubando a Portuguesa na Arena por 3 a 1.
E não parou mais. Levou o Atlético à incrível marca de 12 jogos invictos no nacional, feito nunca antes realizado. E se for comparar com os rivais daqui, a diferença é ainda maior. A superioridade atleticana foi tão grande sobre os “conterrâneos” que só para criar um parâmetro, o Paraná terminou em 14.º lugar e o Coxa em 17.º. Isso sem falar nos outros itens.
E na fase final o Furacão deslanchou. Realizou apresentações brilhantes contra São Paulo, Fluminense e o temido São Caetano. Criou heróis como o “iluminado” Alex Mineiro que entrou para a história do futebol brasileiro ao marcar três gols na semifinal e também na primeira partida da decisão, além do gol do título. Superou todos um a um sem saber o que é perder. E para encerrar deu de presente de Natal não só para a torcida atleticana como para o próprio clube a maior conquista em todos os seus 77 anos de existência: o campeonato brasileiro.