Caminho de volta à elite

Joinville – O Brasil tenta, a partir de hoje, dar o segundo passo no seu longo caminho de volta ao Grupo Mundial da Copa Davis. Depois de ter vencido a Colômbia em fevereiro, agora joga contra a fraca Antilhas Holandesas, em Joinville, por uma vaga na final do grupo II da zona americana, ou seja, a terceira divisão da modalidade. O primeiro a entrar em quadra no simpático ginásio Cau Hansen será Ricardo Mello, número 51 do ranking, que enfrenta David Josepa, jogador sem classificação na ATP. Logo a seguir, Gustavo Kuerten faz a festa da torcida diante de Alexander Blom, também sem ranking.

Segundo o sorteio realizado ontem, em Joinville, para a partida de duplas, no sábado às 13h, estão escalados pelo Brasil André Sá e Flávio Saretta e pelas Antilhas jogam Blom e Raoul Behr. No domingo, conforme o atual regulamento da Davis, no primeiro jogo, às 10h, enfrentam-se os dois números 1 de cada país, com Mello diante de Blom e, a seguir, Guga contra Josepa. No entanto, se o confronto já estiver definido, estas partidas perdem a importância e o interesse e podem contar com jogadores reservas.

Mello faz sua estréia em jogos da Copa Davis no Brasil. Já esteve como titular do time na Colômbia, mas agora vê uma emoção especial em estar em quadra, diante de uma boa torcida. Deve abrir o caminho para a equipe brasileira concretizar uma vitória.

Se passar pelas Antilhas Holandesas, o que é bem provável, o Brasil voltaria a jogar pela Davis de 23 a 25 de setembro, diante do vencedor do confronto entre Uruguai e República Dominicana. Seja qual for o adversário, a equipe brasileira teria de jogar fora de casa. Ainda assim, se manteria como favorita para ser campeã e ganhar uma vaga no grupo I da zona americana (segunda divisão), onde estão atualmente Paraguai, México, Venezuela e Peru.

Assim, em 2006, a equipe brasileira teria de vencer outros dois confrontos para só então ganhar o direito de disputar o playoff do Grupo Mundial. Em caso de nova vitória, estaria então retornando à elite do tênis mundial, onde estão as 16 melhores nações, no ano de 2007.

Atual capitão brasileiro, Fernando Meligeni não se assusta com tantos obstáculos pela frente. Afinal, não tem dúvidas de que o tênis no Brasil reencontrou seu caminho e todas essas adversidades só devem acrescentar. "Tivemos uma semana muito proveitosa em Joinville. Acho que todos só têm a ganhar, com treinamentos e uma boa preparação para o circuito profissional. Além disso, com a minha larga experiência em Davis, tenho certeza de que esta é uma competição muito difícil de se jogar e mesmo diante de um adversário como as Antilhas Holandesas, é preciso respeito e atenção".

No Grupo Mundial, serão jogadas as quartas-de-final. Em Bratislava, jogam Eslováquia e Holanda; em Sydney, em quadra de grama, a Austrália pega a Argentina; em Moscou, em saibro, a Rússia enfrenta a França; em Split, a Croácia recebe a Romênia.

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