A mudança no calendário do futebol brasileiro, divulgada nesta semana, gera divergências entre a Federação Paranaense de Futebol, os clubes e os jogadores. A principal novidade está na data de início dos estaduais, prorrogada para o mês de fevereiro – possibilitando assim uma pré-temporada maior para os clubes, com duração de 25 dias (de 7 a 31 de janeiro). A outra mudança está no número de datas reservadas para a realização das competições, caindo para dezenove.

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A mudança já era aguardada pela Federação. “Já era previsto isso. Começando em fevereiro tem várias situações que ajudam o campeonato. Janeiro é um mês de férias escolares, férias em geral. Começando em fevereiro ajuda, além da pré-temporada dos atletas, o público também”, declarou Hélio Cury, presidente da FPF.

A bronca com a mudança fica por parte dos clubes do interior, que passam a ter menos datas e com isso ficam mais tempo sem um calendário. Para Sérgio Malucelli, gestor do Londrina, os clubes têm prejuízos com a diminuição no número de datas. “Eu não acho isso tão interessante assim porque falta calendário para os clubes. Você abre o jornal e vê o Bom Senso brigando por mais calendário e de repente cortam os regionais, então eu acho que é na contramão”, declarou o empresário que não se limitou a achar bom ou ruim.

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Sérgio Malucelli disparou contra o calendário e até o Bom Senso.

Foi mais longe e aprofundou o tema criticando CBF, federação e Bom Senso. “Geralmente não consultam ninguém, simplesmente baixam as normas e os clubes tem que seguir. E tem muitos clubes com problemas porque acaba o campeonato e ficam nove meses parados. Mas é um problema do calendário brasileiro”, disse Malucelli, que ainda questionou a maneira como CBF e federações tratam os clubes. “As federações deveriam ajudar mais os clubes. Como a CBF tem que ajudar mais as federações. A CBF não faz nada por federação nenhuma, as federações por outro lado fazem muito pouco pelos clubes, principalmente a nossa aqui do Paraná. Aí você tem um Campeonato Paranaense sem patrocínio nenhum”, afirmou ele.

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No processo de mudança dos regionais as criticas também foram feitas ao Bom Senso, grupo que hoje representa os jogadores, “Não acredito que o Bom Senso tenha somado a isso também, porque a proposta que eu escuto não ajuda em nada o futebol. Pelo contrário, ajuda só os jogadores em fim de carreira”, finalizou o empresário.

Colaborou: Henry Xavier

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