Calendário brasileiro é duramente criticado por Alex

De volta ao Brasil depois de quase uma década, Alex mostra dia após dia quanta falta fez. Craque do Coritiba no Brasileirão e muito bem articulado fora dos campos, o meia concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira e criticou duramente o calendário do futebol brasileiro. Pela rotina de jogos neste segundo semestre e pelo ínfimo tempo de pré-temporada reservado pela CBF em 2014.

“O calendário para o ano que vem é absurdo para todos. Os jogadores estão conversando, para ver se a gente consegue ser ouvido. Quem está perdendo é o futebol brasileiro”, disse Alex, criticando o calendário divulgado na semana passada e que prevê cinco dias de pré-temporada se for cumprida a lei trabalhista que determina 30 dias de férias.

Assim, como o Brasileirão acaba dia 8 de dezembro, os jogadores só voltariam ao trabalho em 7 de janeiro. E a primeira rodada da maioria dos principais estaduais (entre eles o Paranaense) está prevista para os dias 11 e 12 de janeiro.

“A nossa esperança é que o calendário para 2015 seja diferente. Que seja pensado nesse lado, para que os atletas sejam ouvidos. A final da Copa Sul-Americana, se chegarmos, é dia 12 de dezembro. Em 12 da janeiro começa o Paranaense. Como vamos fazer isso?” A pré-temporada não é para o estadual, é para o ano todo. O calendário não é pensado nos jogadores”, reforçou Alex.

Aos 36 anos, Alex não tem aguentado jogar todas as partidas pelo Coritiba. Tanto é que, neste Brasileirão, fez 16 jogos, ficando fora de outros sete, mesmo sem ter cumprido suspensão. O meia lembra que isso atrapalha o futebol.

“Quando eu jogava somente os domingos, jogava todos os jogos. Domingo-quarta-domingo é de agosto até dezembro. Como questionar os técnicos? Não temos tempo de treinar. Você perde o prazer de vencer, de sentir o resultado. Não tem tempo para isso. O calendário deveria respeitar as férias e preparação dos times”, lembrou Alex.

Para ele, a solução é diminuir o número de datas dos estaduais: 21. “No Campeonato Brasileiro tem que ser o carro chefe. Acredito que os regionais deveriam ser classificatórios e vistos de outra maneira. Se as pessoas olharem para isso, sem a visão do clube, vão ver que é algo ruim para todos: clubes e atletas”.

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