São Paulo – Os brasileiros foram muito bem na 10.ª Maratona Internacional de São Paulo, prova disputada ontem que valia vaga para as Olimpíadas de Atenas, mas nenhum dos competidores conseguiu alcançar o índice exigido para ir à Grécia. O resultado confirmou a vaga de Rômulo Vagner, Vanderlei Cordeiro de Lima, André Luís Ramos, Márcia Narloch e de Marlene Furtado, que já haviam conseguido atingir o índice olímpico em outras competições.
De qualquer forma, os brasileiros se superaram no final da prova, conquistando as cinco primeiras posições. Enquanto muitos apostavam na vitória de Genílson Júnior da Silva, que pretendia aproveitar a maratona para carimbar seu passaporte para Atenas, quem mostrou fôlego de sobra foi Franck Caldeira de Almeida, de apenas 21 anos.
“Meu plano era parar depois de completar 28 quilômetros. Como senti que estava muito bem e que o ritmo dos outros competidores tinha ficado mais lento, decidi continuar”, conta o atleta, que disputou pela primeira vez uma maratona.
Apesar de ter chegado com um minuto de vantagem à frente de Genílson, o segundo colocado, com o tempo de 2h17min30, Franck não teve facilidade para vencer. Até os 33 quilômetros, ele e Genílson disputaram a primeira posição com o queniano Robert Kipyego. Daí em diante, os brasileiros começaram a abrir uma boa vantagem.
Na saída do túnel do Tribunal de Justiça, o último do trajeto, Franck, que estava mais “inteiro”, aproveitou o trecho em subida para se isolar na liderança, mantendo-se assim até cruzar a linha de chegada.
No feminino, as brasileiras conquistaram quatro dos cinco lugares no pódio, mas todas elas ficaram atrás da queniana Margaret Karie Torotch, de 25 anos. Com um ritmo forte desde o início da prova, ela liderou de ponta a ponta e cruzou a chegada com o tempo de 2h40min10, mais de dois minutos de vantagem sobre Marizete dos Santos.
“Foi muito difícil manter a liderança. Pensei que não fosse chegar ao fim por causa do sol forte e o calor dentro dos túneis”, disse a queniana, que pretendia bater o recorde da prova.
Marizete, a vice-campeã, reconheceu a superioridade de Margareth. “Até os 15 primeiros quilômetros estava perto dela. Depois, não deu mais para acompanhar.” Maria Zeferina Baldaia, uma das favoritas, abandonou a prova depois de cair e sofrer ferimentos leves.