Se algum jogador do Corinthians, durante a comemoração de um gol, vitória ou até mesmo título, esconder a marca da Caixa Econômica Federal estampada no seu uniforme, o clube terá de pagar uma multa e ainda corre o risco de ter o contrato de patrocínio rescindido pelo banco. Esta é a apenas uma das cláusulas que constam do contrato assinado por Corinthians e Caixa no último dia 13 de abril. O acordo é válido por um ano e garante ao time alvinegro R$ 30 milhões.

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O jornal O Estado de S.Paulo teve acesso ao documento de 18 páginas. A primeira multa prevista em caso de supressão da marca da Caixa é a doação de 50 cestas básicas para entidades assistenciais a serem indicadas ao banco. Em caso de reincidência, a quantidade dobra para 100. Depois, aumenta para 200 e, na terceira reincidência, sobe para 500. A quarta reincidência leva a rescisão do contrato.

O texto diz que o Corinthians “deverá zelar pela visibilidade da marca Caixa nos uniformes, em toda e qualquer oportunidade de divulgação em mídia, garantido que os atletas em situações de vitória, conquista de títulos e comemoração de gols não impeçam a exposição da marca, sob pena de multa compensatória e rescisão contratual”. Ou seja, jogadores não podem, por exemplo, cobrir o rosto com a camisa ou tirar o uniforme durante comemorações. Na esfera esportiva, o ato é punido com cartão amarelo.

O Corinthians também corre risco de ter de indenizar a Caixa em caso de mau comportamento da sua torcida. Está no contrato que, a cada jogo no estádio Itaquerão, a Caixa receberá 80 ingressos de cadeira numerada. Mas, a cada jogo que houver perda de mando de campo, o clube terá de dar mais 100 entradas gratuitas para o banco. A Caixa tem direito ainda a um camarote com 12 lugares em todas as partidas disputadas pelo Corinthians na arena.

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A Caixa é a principal patrocinadora do Corinthians desde 2012. Esse é a terceira vez que o contrato é renovado. O banco é o maior patrocinador do futebol brasileiro. A Caixa estampa a sua marca na camisa de 12 clubes e paga ao todo R$ 122 milhões. O Corinthians recebe a maior cota. O Flamengo é o segundo, com R$ 25 milhões.

De acordo com o contrato com o clube alvinegro, o pagamento é feito em 12 parcelas mensais fixas de R$ 2,5 milhões. O valor é o mesmo desde o primeiro contrato, assinado em 2012, às vésperas do Mundial de Clubes da Fifa. A principal diferença do documento assinado este ano em relação aos outros contratos é que a Caixa passou a estampar somente a parte frontal do uniforme e não aparece mais acima do número dos jogadores, nas costas.

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O contrato, no entanto, veta a presença de “outra instituição financeira concorrente” em qualquer parte do uniforme. Todo mês, o clube é obrigado a dar ao banco 150 camisas oficiais e mais 430 produtos licenciados, selecionados à escolha da Caixa. Cada uniforme de jogo é vendido na loja oficial do clube por R$ 250, o equivalente a R$ 450 mil durante toda a validade do acordo.