Caixa preta com custos da Arena continua fechada

Além da incógnita em relação à presença ou não da Arena como uma das doze sedes da Copa, o valor total da reforma do estádio também segue como um mistério. Ontem, o presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, em uma das poucas vezes em que se pronunciou, admitiu que o custo final das obras só será conhecido após o Mundial. “Os valores finais ainda não estão devidamente auditados. O governo e a prefeitura contrataram uma empresa auditora, a mesma desde o início do projeto, por conta da modelagem do estádio. Até este momento, por se tratar de uma obra de custos, acredito que a história será contada depois da Copa do Mundo. Não é momento de criarmos conflitos, mas sim de união e que precisamos chegar ao fim para cumprirmos as metas”, disse o mandatário atleticano, pedindo “um tempo” nas cobranças nesta reta final de preparação.

No momento, o orçamento total das obras da Arena giram em torno de R$ 319 milhões, segundo documento protocolado pela CAP S/A junto à Agência de Fomentos. No entanto, já se trabalha com a possibilidade de que este valor esteja em R$ 330 milhões, quase o dobro dos R$ 184,6 milhões orçados quando foi iniciada a reforma.

Porém, o aumento dos gastos com a obra não é a principal preocupação, nem do Furacão, nem do Ministério do Esporte. O foco agora é terminar a Arena o quanto antes. “São Paulo e outras capitais também tiveram seus problemas. Isto não nos conforta, mas Curitiba chegará ao final e cumprirá sua obrigação e compromisso. Os valores, saberemos lá na frente”, acrescentou Petraglia.

Já o ministro Aldo Rebelo preferiu não comentar nem mesmo o fato de que, quando as 12 sedes foram definidas, Curitiba era a que estava mais adiantada, passando rapidamente para a mais atrasada. Quando questionado sobre isso, ele preferiu “não olhar para trás”. “Não creio que seja o momento de olhar para trás, mas sim para frente. Precisamos ver quais os esforços que podem reunir o Atlético, governo do Estado e prefeitura para que tenhamos a garantia de que haverá a Copa em Curitiba. Este esforço está sendo feito e acho que está bem sucedido pelas imagens que vi hoje (ontem) da evolução da obra, como cobertura e gramado”, afirmou Rebelo.

Ontem, o ministro esteve no Parque Barigui e no CT do Caju, mas não vistoriou a Baixada, partindo à tarde para Porto Alegre. Apenas viu as obras por imagem, o suficiente para, segundo ele, dar mais confiança de que tudo será entregue conforme as exigências da Fifa. “Tive a oportunidade de ver as imagens e percebi a evolução. São obras de acabamento, não de estrutura. Temos condições de obter êxito aqui em Curitiba. As medidas adotadas pelo proprietário do estádio, a ação da prefeitura, do governo estadual e do ministério do esporte, o esforço, as alterações que já foram feitas, a evolução do ritmo das obras, tudo isso nos oferece essa segurança”, ressaltou.

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