Rio – O juiz Geraldo Couto, da 37.ª Vara Criminal, determinou ontem o afastamento de Eduardo Viana, o Caixa d’Água (foto), do cargo de presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), onde está há 19 anos, em razão das denúncias do Ministério Público (MP) de que existe um esquema de evasão de renda na entidade. Viana e mais cinco dirigentes citados no processo estão fora da Ferj até que a Justiça julgue as acusações do MP, formalizadas em 6 de outubro, pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, fraude processual e estelionato.

Pessoas ligadas a Eduardo Viana informaram que ele se licenciou do cargo por problemas de saúde. A defesa do presidente da Ferj vai recorrer da decisão. Caixa d’Água pode ser condenado a até 20 anos de prisão. Também foram afastados o vice-presidente da Ferj, Francisco Aguiar, o diretor Paulo Roberto Petrolongo da Silva, o coordenador de funcionários, Gilberto Rangel Lima Júnior, o responsável pela venda dos bilhetes, Carlos César Martins dos Santos, e o contador Jobem Mendes Braga, que seria o responsável pela falsificação dos boletins financeiros da federação.

Para o Ministério Público, o afastamento dos dirigentes na administração da Ferj tinha de ser decretado a fim de evitar o agravamento dos danos causados pelos crimes. De acordo com documento do MP enviado à Justiça, o afastamento de Viana e dos demais denunciados “faz cessar as atividades da quadrilha, impede-a de prosseguir no frustrado intento de obstaculizar a apuração dos fatos e resgata a credibilidade e a moralidade”.

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