Foto: Valquir Aureliano

Meia tem total confiança do técnico René Simões, que diz que Caíco é um líder do grupo.

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Alguns torcedores não gostam do futebol de Caíco, mas o técnico René Simões já avisou que não é de entrar em onda de arquibancada para substituir jogador depois de algum erro em campo. Por isso, vai continuar dando moral ao meia do Coritiba, que fez uma grande partida contra o Santa Cruz, mandou bola na trave, mas perdeu pênalti e sentiu o mau humor da galera. Tudo para preservar aquele que o treinador considera um dos líderes do Alviverde na Segundona. E mais, para o comandante coxa, Caíco está prestes a mostrar todo o potencial que já mostrou em outros clubes.

?Ele vem ganhando forma e eu tenho certeza que, nos próximos jogos, ele vai estar muito próximo de jogar além dos 20 minutos do segundo tempo. Ele é um líder do grupo e tem que ser trabalhado dessa forma?, aponta René. Para ele, foi injusto Caíco ter recebido vaias quando foi substituído na partida de sábado passado, apesar de muita gente nas sociais ter aplaudido e até discutido com quem vaiou. ?Ele fez uma bela partida e a substituição era uma coisa pré-determinada, porque eu costumo ir pro jogo com quase tudo meio determinado?, informa o treinador.

Aí, o meia perdeu pênalti, a torcida não gostou muito, mas René manteve o planejamento e chamou Túlio para entrar justamente no lugar de Caíco. ?O Túlio me disse: ?Professor, não faça isso, poxa, coitado, tirar ele agora?? Aí eu falei: ?O Caíco é muito forte e eu não vou deixar de fazer o que tem que ser feito porque alguém vai gostar ou não vai gostar fora do campo e para mim isso não faz a mínima diferença??, avisou. Segundo o treinador, os jogadores já estão preparados para também não se deixarem levar pelas arquibancadas. ?Eu não tenho que sofrer com a torcida do Coritiba, eu tenho que ser profissional para fazer ela feliz?, destaca.

Para Caíco, as cobranças acontecem porque os torcedores sabem que ele pode melhorar ainda mais. ?Então, é isso o que eu vou fazer. Vou treinar durante a semana para que os erros não aconteçam mais e eu consiga dar o melhor para o Coritiba?, avalia. Tal qual um líder, ele sempre procura passar tranqüilidade aos mais jovens para que não se abalem caso sofram o mesmo problema. ?Com a vivência que eu tenho no futebol já passei por situações semelhantes, mas dentro de campo temos que ser fortes e profissionais. Mesmo que as coisas não dêem certo, tem que ter consciência do que está fazendo?,finaliza Caíco.

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Campanha pela estrela ganha as ruas

O advogado Domingos Moro será o responsável por redigir o documento que vai ser encaminhado para a CBF pedindo a homologação do título do Torneio do Povo de 1973 para o Coritiba. Desde já, jogadores que levantaram a taça da competição, com apoio de conselheiros, começaram a levantar toda a documentação necessária para que o pleito possa ser atendido. Contatos com Corinthians e Flamengo, vencedores dos anos anteriores, também serão feitos para se juntarem na proposta alviverde. Esta semana, a Federação Paranaense de Futebol conversa com Ricardo Teixeira sobre o assunto.

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?A homologação do título do Torneio do Povo não é só importante para os coritibanos, mas também para a cidade de Curitiba. Eu me lembro do gol de Negreiros sobre o Internacional e o zagueiro deles era o Figueiroa?, discursou o meia Reinaldinho. A idéia que está sendo fomentada é que a competição reunia o melhor do futebol da época e deveria ser considerada tal qual a Copa do Brasil de hoje. ?Eu considero esse torneio como o maior título do futebol do Estado do Paraná?, apontou Hélio Alves, dirigente na época.

Por tudo isso, eles querem receber da CBF a certificação de campeonato oficial e terem o direito de colocar mais uma estrela no peito. Para tanto, a base legal terá que ser bem redigida para o pleito ser aceito. ?A partir de hoje (ontem), o movimento está nas ruas e gostaríamos de convocar toda a nação coxa-branca para apoiar esse movimento?, pede Luís Guilherme de Castro, que faz parte do conselho deliberativo. Apoio da Império Alviverde está garantido. ?Daremos apoio formal e, inclusive, vamos cobrar da CBF?, diz Luís Fernando Corrêa, presidente da organizada.

Convidado para redigir a petição, Moro diz que a idéia tem que ser encampada pelo clube. ?Quando era vice-presidente, junto com o Giovani (Gionédis) pensávamos em oficializar a conquista como uma forma de homenagear o Evangelino (da Costa Neves)?, revela.