Dentre as peças que foram saqueadas do Maracanã está um busto de cobre do jornalista Mário Filho, um dos principais entusiastas da construção do principal palco do futebol carioca e cujo nome batiza oficialmente o estádio. Outro busto, do general Ângelo Mendes de Morais, que fora o prefeito do Rio na época da construção do Maracanã, também sumiu.
Além das duas esculturas, duas televisões e uma peça de cobre de uma das mangueiras de incêndio do estádio também sumiram. Todas as peças ficavam em área fechada, no interior do estádio.
Os furtos foram registrados na 18ª Delegacia de Polícia, na Praça da Bandeira. A Polícia Civil já realizou a perícia no local e informou estar realizando diligências para apurar os responsáveis.
O sumiço das peças ocorre em momento no qual o mais icônico estádio do futebol brasileiro encontra-se abandonado. A responsável pelo Maracanã é a Concessionária Maracanã S. A., cuja principal acionista é a Odebrecht. Mas, desde o fim de março do ano passado, a gestão foi repassada ao Comitê Rio-2016, que utilizou o estádio nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
A gestão do estádio deveria ter sido devolvida no final de outubro, mas a Maracanã S. A. se nega a recebê-la por considerar que a arena não foi entregue pelo Comitê Rio-2016 da mesma forma como havia sido recebida. Contas de luz, água e gás estão atrasadas.