O eterno craque e atual técnico da seleção argentina de futebol, Diego Armando Maradona, condenou neste sábado (6) o terrorismo e o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao chegar à cidade indiana de Calcutá para uma visita de negócios. “Não deveriam fazer estas coisas, são atos de barbárie”, afirmou Maradona, em referência aos atentados terroristas ocorridos em Mumbai, que provocaram a morte de quase 200 pessoas.
“Acho que Bush tem algo de assassino”, acrescentou Maradona, que jamais demonstrou simpatia pelo presidente norte-americano, mas que expressou otimismo com relação a seu sucessor, o democrata Barack Obama, dizendo: “dou boas vindas a esta mudança. Me agrada muito”.
Em declarações à imprensa durante sua chegada a Calcutá, Maradona, de 48 anos, lembrou também de sua amizade com o líder cubano Fidel Castro, o qual declarou ter exercido “uma grande influência” sobre ele. O treinador da seleção argentina afirmou também que sua equipe irá se classificar para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul e que irá chegar pelo menos até as semifinais do torneio.
Maradona, que irá inaugurar uma escola de futebol na cidade e visitar a casa onde vivia a Madre Teresa de Calcutá, juntou durante sua chegada uma multidão estimada por fontes policiais em mais de 30 mil pessoas. “O afeto que me deram aqui me faz ter vontade de voltar”, disse o argentino, escoltado por cerca de 5 pessoas, entre seguranças e policiais.
Maradona, que estreou como treinador da seleção argentina no último dia 17 de novembro com uma vitória de 1-0 sobre a Escócia, havia adotado compromissos contratuais prévios, como esta visita à cidade indiana. “Após isso, irei me dedicar por completo à seleção, pois tenho um contrato com a Associação de Futebol Argentino (AFA)”, lembrou o craque antes de partir de Buenos Aires. Maradona também confirmou que nos próximos dias irá avaliar jogadores de seu país para o amistoso com a França programado para o próximo dia 11 de fevereiro.