A Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) e o Corpo de Bombeiros do Ceará retomaram na manhã desta segunda-feira as buscas pelo triatleta cearense Genílson Lima, de 48 anos, que desapareceu neste domingo durante uma prova da competição conhecida como IronMan Brasil, que estava sendo realizada no litoral oeste do estado. A área de buscas foi ampliada e passou a abranger as praias do Pecém, Icaraí e Cumbuco. Além de um helicóptero e jet skis, estão sendo utilizados dois botes e uma moto aquática de grande porte.

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De acordo com o tenente-coronel Marcus Costa, que coordena a operação de busca, a decisão de ampliar o perímetro de investigação foi adotada considerando a hipótese de afogamento. “Estamos seguindo um protocolo. Em função do tempo decorrido, temos que considerar a hipótese do afogamento, o que neste caso, faria com que as correntes marítimas da área possam levar o corpo para praias como Pecém e Cumbuco”, destacou. Ainda segundo o militar, os especialistas alertam que, caso tenha de fato ocorrido o afogamento, o corpo poderá emergir ainda hoje.

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Conhecido nacionalmente como um atleta de elite, Genílson Lima, de 48 anos, deveria ter saído da água até 7h25, segundo informações da organização da competição. A etapa da natação havia sido iniciada às 6h e, como o chip de identificação do atleta não sinalizou a saída dele da água e sua bicicleta não ter sido retirada na transição para o ciclismo, segunda etapa da prova, equipes da organização acionaram o Corpo de Bombeiros por volta das 7h30.

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Era a quarta vez que Genílson participava do IronMan. A primeira busca, das 9 às 11 horas do domingo, foi realizada pelo Ciopaer, Corpo de Bombeiros e Capitania dos Portos no trecho entre a Praia Formosa, onde aconteceu a largada até a localidade conhecida como Barra do Ceará. Ainda durante a manhã foram feitos sobrevoos na região. Às 18h de domingo a operação foi paralisada em função da falta de visibilidade.

Na praia do Pecém, um dos possíveis locais apontados pelos bombeiros como sendo destino das correntes marítimas, o clima é de tristeza. “A gente que é daqui da região tinha orgulho dele. Era um atleta conhecido e querido por todos. Não consigo entender o que aconteceu, se ele passou mal, se teve uma cãibra forte ou o que pode ter acontecido. Estamos todos em oração”, destacou o empresário Thales Santiago, proprietário de uma pousada e um restaurante frequentado por praticantes de esportes náuticos da região.