A terceira temporada da Fórmula E, a categoria de carros elétricos que vem atraindo a atenção do mundo todo, começou neste domingo, nas ruas de Hong Kong, divertida como as duas primeiras. Atual campeão, o suíço Sebastian Buemi aproveitou um incidente que atrapalhou o brasileiro Nelsinho Piquet, pole position, e ganhou a prova. Outro brasileiro, Lucas Di Grassi foi o segundo, e o alemão Nick Heidfeld completou o pódio. Todos já tiveram chances na Fórmula 1.
Pole position, Nelsinho tinha tudo para conseguir um bom resultado. Ele liderava com o inglês Olivier Turvey, seu companheiro na equipe China, na segunda posição. Foi quando o argentino José Maria López, da Virgin, bateu na saída de uma chicane. Por ser um circuito de rua, o traçado é estreito. Quando fez a curva e viu o acidente, Nelsinho não teve outra opção senão jogar seu carro contra o muro, já quase parando.
Não houve grande avaria, mas o safety car entrou na pista e todo mundo foi para os boxes. A equipe de Nelsinho demorou a chamá-lo e, quando o fez, devolveu o brasileiro da metade para o fim do pelotão, tirando ele da briga pelas primeiras posições.
Quem se deu bem na estratégia foi Lucas Di Grassi. Ele deu azar na largada, quando acabou acertando o chinês Ma Qing Hua, que por sua vez havia batido em Nico Prost. O brasileiro precisou consertar a asa dianteira, quebrada, e foi para o fim da fila. Mas, ao trocar o carro (não há reabastecimento) assim que o safety car entrou, ele acabou assumindo a liderança virtual.
Quando ainda faltava alguns carros à sua frente pararem, Di Grassi foi ultrapassado por Buemi, que caminhou para a vitória. O brasileiro, na equipe Audi ABT, chegou em segundo, a 2s477. Heidfeld e Prost também completaram a menos de 10s de distância do vencedor. Nelsinho terminou apenas no 11.º lugar, enquanto que a Andretti colocou o português Antonio Félix da Costa em quinto e o holandês Robin Frijns em sexto.
A próxima etapa da Fórmula E será daqui a um mês, dia 12 de novembro, em Marrakesh, no Marrocos, marcando a estreia da categoria na África. Depois, ela só volta em 2017, em Buenos Aires. Estão previstas 11 etapas, sendo que as duas últimas, em Nova York e Montreal, terão duas provas cada.