A cada semana Bruno Soares tem se consolidado como o principal tenista do Brasil no circuito profissional. Na 11.ª posição do ranking de duplas da ATP, o mineiro atinge o seu melhor posto na carreira e faz o País reviver os bons tempos depois de vinte anos do 4.º lugar de Cassio Motta e do 6.º de Carlos Alberto Kirmayr.
O brasileiro acredita que a conquista do título de duplas mistas no US Open, em 2012, o ajudou a ganhar confiança, impulsionando sua evolução. Ao lado do austríaco Alexander Peya, ele faturou o ATP 500 de Barcelona, o Brasil Open e ficou com o vice do Masters 1000 de Madri nesta temporada. Ele ainda festejou o título do ATP 250 de Auckland com o britânico Colin Fleming.
Apesar da ótima fase, o tenista de 31 anos assegura que pode conseguir melhores resultados. “Realmente estou no meu melhor momento. Mas não acho que atingi o meu auge ainda, tenho muito a evoluir e me vejo em condições de melhorar. Quanto tempo isso vai levar, é difícil dizer”.
Cabeças de chave, Soares e Peya entram em quadra nesta quinta-feira contra os espanhóis David Marrero e Fernando Verdasco, pela segunda rodada do Masters 1000 de Roma. O confronto reeditará a semifinal do torneio madrilenho, vencida pelo brasileiro e pelo austríaco com duplo 7/5. “Já vamos estrear com uma pedreira, mas em Masters não tem o que escolher. Temos condições de falar que vamos em busca de um título”.
O sorteio ainda colocou os irmãos Bob e Mike Bryan, líderes do ranking, no caminho da dupla em uma possível quartas de final. Os norte-americanos têm sido a pedra no sapato do mineiro, superado em Memphis e em Madri. “Os Bryan são os duplistas a serem batidos. Estão em um ano fora do comum”. A dupla número 1 do mundo aparece com 5.555 pontos na lista desta semana, enquanto a segunda colocada – formada por Alex e Bruno – soma 2.205.
Os quatro objetivos traçados pelo brasileiro e pelo austríaco ao final da última temporada estão cada vez mais perto de serem alcançados. Eles esperam terminar a temporada entre os 10 melhores no ranking individual (Peya está em 14.º), ficar entre as oito melhores duplas do mundo para disputar o ATP Finals, em novembro, ganhar um Masters 1000 e conquistar um título de Grand Slam. De olho em Roland Garros, a dupla procura dosar o calendário. “A gente continua a curto e a médio prazo atrás de nossos objetivos. Estamos preparados e o quanto antes vier, melhor”.