Os casos de doping que assolaram o atletismo brasileiro há dois anos parecem ser página virada. Nesta quinta-feira, no Estádio Ícaro de Castro Mello, em São Paulo, o velocista Bruno Lins comprovou isso. Com o tempo de 10s25, o atleta da equipe FCTE ficou com a medalha de ouro nos 100m do Troféu Brasil, primeira competição de nível nacional que ele disputa desde o fim de sua suspensão.
A marca, porém, é ficou muito abaixo daquela exigida pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) para o Mundial de Daegu: 10s15. Já classificado por ser campeão sul-americano e ter o índice B da Iaaf (Federação Internacional de Atletismo), Nilson André, da BM&F Bovespa, cravou 10s38 e ficou apenas em terceiro. A prata foi para Diego Cavalcanti, da Potiguar, com o tempo de 10s37. Sandro Viana, que correu para 10s26 nas eliminatórias, acabou em quarto.
Esta foi a última prova individual da carreira de Vicente Lenilson. O velocista que conquistou uma prata olímpica e um vice-campeonato mundial com o revezamento 4x100m anunciou que irá se aposentar ao fim do Troféu Brasil. Ele ainda correrá os 4x100m com sua equipe antes de abandonar as pistas.
Nesta quinta-feira, ele fechou os 100m em sétimo. “Sabia que não podia subir ao pódio, mas não queria ser o último e consegui. Agora ainda vou fazer o 4×100 m pela minha equipe (Silveira Sampaio, do Rio de Janeiro). Depois, continuarei dando palestras, explicando que todos podem se superar e mudar de vida. Foi assim comigo e com muitos companheiros de atletismo”, afirmou Lenilson.
FEMININO – Já classificada para o Mundial, Ana Claudia Lemos, da BM&F Bovespa, ficou com o ouro nos 100m feminino. Ela venceu a prova com o tempo de 11s34, tempo pior que os 11s31 que ela fez nas eliminatórias e bem acima dos 11s15 (recorde pessoal e sul-americano) que ela pretendia bater nesta quinta-feira.
Ana Claudia foi seguida por Rosangela Cristina Oliveira Santos (11s36) e Franciela das Graças Krasucki (11s56). Tamiris de Liz, de apenas 15 anos, ficou em sexto, com 11s73.