Segundo a publicação, o empresário uruguaio Juan Figer (procurador do Xaropinho) foi limado das conversas e teria levado um prejuízo de R$ 2,4 milhões. Sem o dinheiro, Figer ameaça ir até a Fifa para garantir seus direitos. “Outras pessoas se colocaram como intermediárias da negociação, quando o intermediário fui eu”, declarou Figer para a Agência Estado, que espera um posicionamento do jogador e do Furacão, antes de tomar qualquer providência na justiça.
Na época, Figer estava “queimado” com o mercado inglês por suspeita de envolvimento na emissão de passaportes falsos. Essa situação estava fazendo alguns clubes estrangeiros evitarem negócios com o uruguaio.
Na mesma edição do jornal, Paddy Harverson, dirigente do Manchester, declarou que as informações são falsas e se colocou à disposição da federação inglesa para esclarecer o assunto. A entidade deverá pedir alguns documentos ao News of the World para analisar o assunto. O português Jorge Gama aparece como um dos agentes apontados pelo clube inglês.
Na Baixada, os dirigentes garantem que está tudo dentro da lei. De acordo com o presidente João Augusto Fleury da Rocha, toda a negociação foi realizada dentro da normalidade. “O Atlético fez o contato direto com o Manchester. A operação passou pelo Banco Central e a transferência do dinheiro foi direto para a conta do clube no Brasil”, explicou. Para Fleury, Juan Figer era apenas o procurador de Kléberson e não intermediário nas negociações. “Se aconteceu alguma coisa, foi na ponta inglesa”, apontou.
Mas não é só o caso de Kléberson que está gerando desconfianças sobre o Diabo Vermelho. A federação inglesa já está investigando a contratação do goleiro Tim Howard, que era do New York/New Jersey Metrostars. Existe a suspeita de pagamentos “por fora” para alguns agentes. Enquanto isso, Kléberson passa alguns dias de folga no Paraná, após ficar treinando na Inglaterra no período de festas.
Gabiru já está treinando no CT
O meia Adriano já está trabalhando no CT do Caju, mas seu futuro no Atlético ainda é uma incógnita. Após ter resolvido seus “problemas particulares”, o jogador voltou dizendo que vai cumprir seu contrato e que a saída do clube não passou de boato. A diretoria, por sua vez, mantém o desejo de contar com o jogador, mas já avisou que não vai dificultar uma eventual transferência. A tendência é de que ele continue trabalhando normalmente até acertar algo concreto com outra equipe.
“Eu estava com problemas pessoais e pedi ao professor Mário Sérgio para ser dispensado e resolver tudo. Agora está tudo tranqüilo”, disse. O jogador desmentiu qualquer possibilidade de uma negociação nesse início de temporada. “Isso aí não tem nada a ver. Fui resolver problemas dos meus parentes. Tenho contrato com o Atlético e vou cumprir. Falaram que eu não iria mais jogar, mas não tem nada. Se aparecer alguma coisa eu falo para vocês”, disparou.
Segundo o presidente do Rubro-Negro, João Augusto Fleury da Rocha, o desejo do clube é renovar com o jogador o quanto antes. “Nós vamos buscar, de todas as maneiras, mantê-lo aqui. O Adriano é uma daquelas pessoas que a gente quer manter”, disse. Mesmo assim, o dirigente não esconde a possibilidade de perder o meia. “Nós já avisamos que, se surgir uma proposta, a gente libera a hora que ele quiser”, revelou.
Com contrato até o dia 30 de junho deste ano, o jogador está vinculado ao Olympique de Marselha, mas seus direitos federativos estão divididos entre o clube francês (50%), Atlético (25%) e o empresário uruguaio Juan Figer (25%). Para sair antes desse prazo, o procurador Luís Taveira está com a missão de encontrar alguém disposto a bancar a rescisão.
De volta ao trabalho, seu ingresso no time deverá demorar bastante. Para não caracterizar indisciplina, os dirigentes já mandaram o jogador continuar treinando do ponto que parou. No sábado, ele fez apenas condicionamento físico na academia do CT do Caju e ficou longe do treinamento coletivo. Como não participou dos treinos com bola, ele já está descartado para a primeira rodada, quarta-feira, contra o Prudentópolis. (RS)