São Paulo (AE) – Apenas dois tenistas brasileiros participam do Aberto da Austrália: o gaúcho Marcos Daniel e o paulista Ricardo Mello. Apesar de ambos terem tido sorte na definição da chave, Daniel estréia com um tenista do qualifying, e Mello pega Gilles Muller, de Luxemburgo, o tênis do Brasil não tem grandes expectativas na competição, muito menos para a temporada de 2006.

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Gustavo Kuerten, que poderia ser uma esperança para a torcida, ainda está se preparando para voltar às quadras, enquanto outros tenistas sequer se interessaram em participar do qualifying em Melbourne, num fato que não acontecia há vários anos, revelando a falta de perspectiva da nova geração. A única a tentar vaga nos classificatórios foi a catarinense Nanda Alves que perdeu na segunda rodada para a japonesa Kyoko Fuda.

O desafio e o incômodo de atravessar o planeta para jogar na Austrália não encantaram os tenistas brasileiros. E a idéia de muitos é ficar no Brasil, esperar pelos torneios do Tour Latino, que começa no início de fevereiro em Viña Del Mar, passando por Buenos Aires, Costa do Sauípe e Acapulco. Nesse período, o Brasil também joga a Copa Davis, diante do Peru, e o técnico Fernando Meligeni terá de administrar muito bem sua convocação, pois vem sofrendo pressão de vários lados. Mas, se mantiver sua habitual tranqüilidade, irá certamente reunir um grupo coeso.

Guga, grande ídolo da torcida e ainda esperança de muitos, volta às quadras justamente neste Tour Latino. A decisão de ficar muito tempo afastado do circuito poderá lhe custar caro. Afinal, sem jogar, não alcança o ritmo necessário para sonhar com bons resultados. Seu técnico, o argentino Hernan Gumy já até advertiu, dizendo que Guga só volta ao melhor nível em 3 meses.

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