Brasileiros se destacam na superfinal

Belo Horizonte (AE) – Foram quatro as medalhas de ouro conquistadas neste sábado pelo Brasil na superfinal da Copa do Mundo de Natação em piscina curta (25 m), no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. Os ouros foram de Eduardo Fischer, nos 50 m peito, Thiago Pereira, nos 400 m medley, Rebecca Gusmão, nos 50 m livre, e de Kaio Márcio, o recordista mundial dos 50 m borboleta que confirmou o favoritismo na distância. O paraibano Kaio, de 21 anos, somou sua oitava medalha de ouro em etapas da Copa do Mundo. No total, o Brasil conquistou 17 medalhas (4 de ouro, 5 de prata e 8 de bronze).

Kaio nadou os 50 m livre em 23s30 – o seu recorde mundial é de 22s60, feito em dezembro, em Santos. "Foi uma prova muito boa. Fiquei feliz com o resultado e o tempo, que foi bom, melhor do que eu esperava para essa fase de preparação", disse o nadador, que tem como objetivo principal este ano, em piscina curta, a disputa do mundial de Xangai, em abril.

Com apenas seis nadadores, numa prova fraca tecnicamente, Thiago Pereira levou a medalha de ouro nos 400 m medley (4min18s69), pódio que comemorou porque não nadava a distância há um ano. Voltou para a piscina um pouco depois para ficar com mais um pódio, desta vez com a medalha de prata nos 100 m medley com 53s76. Thiago, de 20 anos, que também foi segundo colocado em Nova York, muito perto do olímpico Michael Phelps, dessa vez ficou a 4 centésimos de segundo do recordista mundial da distância, o sul-africano Ryk Neethling, com 53s76. "Foi quase, de novo. Mas o tempo foi bom", observou Thiago.

Nos 50 m livre, duplo pódio brasileiro, com Rebecca Gusmão (24s71) e Flávia Delaroli (25s35). A medalha de bronze ficou com a norte-americana Maritza Correia (25s44). Mariana Brochado, com a medalha de prata nos 800 m livre (8min41s67), comemorou seu melhor tempo na prova, mas Joanna Maranhão deixou a piscina chorando, aborrecida com o quarto lugar nos 200 m medley (2min15s78), vencido pela alemã Nicole Heltzer (2min13s88). "Não estou conseguindo melhorar meu tempo, estou passando por uma fase difícil, fico triste", disse Joanna.

Na prova nobre da natação, os 100 m livre, o canadense Brent Hayden, com 48s08, derrotou o sul-africano Ryk Neethling (48s26). O brasileiro Guilherme Roth ficou com o bronze (48s44). A campeã olímpica, a romena Camelia Potec, ganhou os 200 m (1min58s34) e os 800 m (8min38s37), no estilo livre.

Agora, Kaio Márcio sofre com "excesso" de patrocínios

Heleni Felippe

São Paulo (AE) – O recorde mundial dos 50 metros borboleta em piscina curta deu grande visibilidade a Kaio Márcio. Depois do tempo de 22s60, obtido em dezembro, novos patrocínios apareceram (já tinha o dos Correios e da Chesf) e, com eles, um dilema: onde estampar a marca da Eletrobrás, da Oi e do governo da Paraíba, que pediu a Kaio para usar o vermelho e preto da bandeira do estado na touca?

"Como o Kaio não é um carro de Fórmula 1 e nosso espaço é restrito, tivemos de negociar quem apareceria na touca", brinca o técnico Leodegário Arruda Jr., o Léo, que treina Kaio Márcio no Clube Cabo Branco, em João Pessoa, na Paraíba, com a ajuda de uma equipe multidisciplinar que conta ainda com médico, nutricionista, bioquímico e preparador físico, montada com a ajuda da Prefeitura de João Pessoa. Segundo Léo, "a estrutura mínima para que um nadador brasileiro possa se nivelar aos do exterior".

Léo comemora os frutos do trabalho, o recorde mundial, acredita, é um deles e diz que o comportamento do nadador, a quem chama de "good boy" por causa da disciplina, também ajuda. "E tenho certeza de que o Kaio Márcio também vai melhorar os resultados em piscina olímpica."

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