Sydney – Um dia a mais para adaptação no Aberto da Austrália é sempre bem-vindo. Quadra de rebound ace – piso emborrachado -, calor e, especialmente, a grande diferença de horário são verdadeiros fantasmas para os tenistas. No caso dos brasileiros o fuso é de 13 horas e, por isso, Ricardo Mello e Flávio Saretta agradeceram aos céus quando souberam que ganharam um dia extra antes da estréia. Mello deve jogar amanhã contra o espanhol Albert Martin, 69 do ranking, enquanto Saretta pega o australiano Nathan Healey.

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Mello já está na Oceania há uma semana. Depois de ter vencido o Aberto do São Paulo, no Parque Villa Lobos, viajou no mesmo dia para Auckland, na Nova Zelândia, onde estreou com vitória e perdeu apenas na segunda rodada. Agora, como 61.º do ranking, festeja o seu primeiro Grand Slam sem precisar passar pelo qualifying.

"Ano passado cheguei a furar o qualifying e perdi na primeira rodada", lembra Mello. "Agora, acho que vou entrar mais bem preparado para um jogo de cinco sets, diante de um tenista como Albert Martin, que como todo espanhol, é muito sólido de fundo de quadra. Este dia a mais de preparação e treinamentos, certamente, vai ajudar."

Saretta só viajou para Melbourne quinta-feira, assim que soube que teria um lugar na chave principal. Como 111 do mundo, normalmente precisaria disputar o qualifying, mas o Aberto da Austrália sempre apresenta um número grande de desistências e, assim, o brasileiro herdou um lugar entre os 128 da chave principal.

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Em três anos de disputa deste torneio, Saretta jamais passou pela primeira rodada. Agora, teoricamente tem boas chances. Seu adversário é Nathan Healey, apenas o número 343 do ranking, de 23 anos e que sempre jogou em Melbourne como wild card (convidado da organização). Em seis participações, o australiano só ganhou dois jogos.