O tenista Gilbert Klier Jr. superou a derrota na semifinal dos Jogos Olímpicos da Juventude e, na disputa do terceiro lugar, ganhou do búlgaro Adrian Andreev e ficou com a medalha de bronze. Ele estava perdendo o primeiro set por 4 a 0, mas virou para 6 a 4 e pouco depois, quando estava 3 a 1 no segundo set, seu adversário desistiu alegando lesão.
“É difícil colocar em palavras o que estou sentindo. Estou muito feliz com o bronze e de estar nos Jogos, vivenciando essa experiência de Olimpíada. É uma sensação incrível de poder conquistar medalha e subir no pódio. Tentarei outras medalhas, não sei se em Tóquio-2020 ou Paris-2024. Estou muito contente com esta primeira”, afirmou Gilbert.
O brasileiro fez uma ótima campanha em Buenos Aires, superando inclusive o argentino Sebastian Baez, segundo colocado do ranking mundial no juvenil. Mas acabou perdendo para o francês Hugo Gastón, quarto do mundo, por 6/4 e 6/1 – o europeu enfrenta o argentino Facundo Acosta na final de simples neste sábado.
Gilbert é 12º colocado no ranking juvenil e foi o único brasileiro a representar o tênis nos Jogos da Juventude. Ele não apenas festejou a medalha como a volta por cima na partida. “Eu comecei o jogo muito mal, mas tirei forças de onde eu achei que não tivesse. Com a ajuda da minha família e da torcida, consegui essa energia para virar e levar essa medalha para casa. Não desisti em nenhum momento”, explicou.
O brasiliense treina na Academia Tennis Route e começou na modalidade ao ver o pai jogar. Aos 18 anos, ele tem no currículo um título sul-americano e chegou às quartas de final da chave juvenil de Wimbledon, neste ano. Agora, quer aproveitar um pódio olímpico para ir mais longe ainda. “O tênis brasileiro tem incríveis jogadores com muito potencial. Vários juvenis estão chegando e eu espero que essa medalha incentive cada vez mais atletas a praticarem a modalidade”, afirmou.
Esta foi a terceiro medalha do tênis nos Jogos da Juventude. Em 2014, em Nanquim, Orlando Luz e Marcelo Zormann ganharam o ouro nas duplas e Luz foi prata em simples. “É uma sensação muito boa de dever cumprido ter conseguido trazer essa medalha para casa. Estou muito feliz. É uma motivação incrível representar o país nos Jogos Olímpicos. Foi minha primeira experiência e com certeza não será a última. É indescritível a sensação de jogar representando o meu país. Não tenho nem palavras, é muito diferente”, comentou Gilbert.