“P**** China” e “Acorda China Vacilão”. Essas foram as palavras que desencadearam uma crise entre o Chelsea e o público da China, onde o time realizou parte da sua atual pré-temporada. Elas foram postadas pelo atacante brasileiro Kennedy, ex-Fluminense, por meio da rede social Instagram, e causaram uma forte reação no país asiático, motivando o clube a mandá-lo de volta para Londres.
Os posts foram criticados pelo jornal People’s Daily, porta-voz do governo chinês, que exigiu tolerância zero para o jogador e considerou que “um pouco de cortesia teria evitado que todos vissem um comportamento tão feio”.
Ao entrar em campo durante amistoso com o Arsenal no último sábado, Kennedy foi vaiado pelo público presente no Estádio Olímpico de Pequim. O ministro de assuntos exteriores da China disse estar acompanhando o caso de perto, e o governo chinês cogitou excluir notícias sobre o Chelsea de jornais e apps de notícias, além de até banir o time de entrar no país novamente.
O Chelsea postou uma nota oficial em seu site pedindo desculpas pela atitude do jogador. O clube diz ter experimentado o calor e a amizade dos fãs chineses, pelos quais tem admiração e respeito, e que estava “surpreso e desapontado” com os vídeos do brasileiro. Disse também que as atitudes de Kennedy não representavam os pensamentos de todos no Chelsea e que o jovem foi repreendido e irá aprender muito com o caso.
O próprio Kennedy postou um pedido de desculpas em seu Instagram. O atacante disse que não tinha a intenção de ofender ninguém, mas que notava que seus comentários foram totalmente inapropriados. Também pediu desculpas ao clube e aos companheiros de time que desapontou.
Apesar dos pedidos de desculpas, as reações negativas na China sobre o caso motivaram a punição do clube de Londres a Kennedy, para evitar o seu banimento de próximos eventos em solo chinês, onde o brasileiro vinha sendo alvo de ofensas por parte do público local por meio de suas redes sociais.