Embora classifique a subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio como a parte mais difícil da São Silvestre, o brasileiro Giovani dos Santos, o melhor do país neste ano, com o quarto lugar, disse que foi nas descidas que os quenianos abriram vantagem suficiente para vencer a prova.
“O começo da São Silvestre ela desce muita. A gente compete com esses dois [o campeão Edwin Kipsang e o vice, Joseph Aperumoi] em corrida curta e eles são muito rápidos. Eu não sou muito rápido em descidas e não consegui acompanhar o ritmo deles, que estava muito forte”, disse Giovani.
O brasileiro afirmou que ficou para trás logo no início da prova, na descida da rua Major Natanael, próximo ao estádio do Pacaembu, mas que nas subidas conseguiu encostar no primeiro pelotão, liderado pelos quenianos.
“Do quilômetro 5 para a frente eu consegui encostar, mas chegava na descida eles abriam de novo”, relatou Giovani. “No começo da Brigadeiro e vi que estava chegando no Mark Korir [terceiro colocado] e até achei que pudesse alcança-lo. Mas ele chegou bem na [avenida] Paulista e não deu tempo”, completou.
Giovani era a principal esperança brasileira para tentar acabar com a hegemonia queniana na São Silvestre. Com a vitória nesta segunda-feira, o Quênia soma 13 títulos da prova de rua mais tradicional do país, contra 11 vitórias brasileiras desde 1975, início da fase internacional da competição.