Thiago Pereira chegou a 22 medalhas em Jogos Pan-Americanos e se tornou o recordista em número de pódios na história do evento. Mas o nadador participa de uma modalidade na qual um atleta pode ganhar inúmeras medalhas em uma só edição, inclusive sem participar de finais.

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Claudio Biekarck tem a oportunidade de ganhar apenas uma medalha a cada Pan e, de grão em grão, vai aumentando sua já enorme coleção. Neste domingo, em Toronto, ganhou sua nona medalha, de bronze, na classe Lightning da vela, em trio formado por Maria Hackerott e Gunnar Ficker.

Aos 64 anos, Claudio é um baluarte da vela brasileira. Participou dos Jogos Olímpicos em 1972 (Munique), 1976 (Montreal) e 1980 (Moscou), sempre na classe Finn. Nas suas duas últimas participações, ficou no quarto lugar e por muito pouco não ganhou o bronze.

No Pan, a primeira medalha veio em 1983, em Caracas, quando Thiago Pereira ainda nem era nascido. Depois ele foi ao pódio em Indianápolis (1987), Havana (1991), Mar del Plata (1995), Winnipeg (1999), Santo Domingo (2003), Rio (2007), Guadalajara (2011) e Toronto (2015). São uma de ouro, três de prata e agora cinco de bronze.

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Nesse meio tempo, além de velejar em classes que não exigem tanto preparo físico, Biekarck ainda foi o técnico que formou Robert Scheidt. Trabalhou com o astro entre 1996 e 2004, período em que Scheidt ganhou dois ouros e uma prata olímpica.

A conquista de Claudio no Pan de Toronto veio em uma classe que não é disputada nos Jogos Olímpicos. Mas vale tanto quanto a prata de Fabiana Beltrame no remo, ou o ouro na ginástica rítmica.

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