Aos 35 anos, Ricardo Costa, acostumado aos desafios de viver sem enxergar o chão por onde pisa, deu mais um salto em sua carreira de paratleta – literalmente. Ele, que aos dois anos de idade já apresentava dificuldade na visão e que em 1996 descobriu que era portador da doença de Stargardt (uma degeneração macular congênita, que afeta a visão central e não tem cura nem mesmo com cirurgia), conquistou na manhã deste domingo, a medalha de bronze para o Brasil no salto em distância, categoria T11, no Mundial de Atletismo Paralímpico de Londres-2017.

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A medalha de ouro, que conquistou nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016, não veio, mas Ricardo considerou o resultado como positivo – ele conquistou o bronze com um salto de 6,21 metros. “A minha corrida oscilou bastante durante a prova, porque eu tentei ser um pouco mais veloz, e isso ocasionou a queima de quatro dos meus saltos. Tenho convicção de que qualquer um deles teria me dado a medalha de ouro. Eu estou voltando para casa muito satisfeito, porque sei que fiz o meu melhor, independente do resultado. O bronze está ótimo e é minha primeira medalha em um Mundial.”

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Ricardo começou no esporte com a corrida de rua, e pouco depois migrou para as provas de pista do atletismo. Ele é irmão de Silvânia Costa, que também é paratleta e nos Jogos do Rio-2016 conquistou duas medalhas – ouro no salto em distância T11 e prata no revezamento 4x100m feminino na mesma categoria.

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Na prova, a medalha de ouro foi para o norte-americano Lex Gillete, prata na Paralimpíada do Brasil, que saltou a 6,27 metros. A prata ficou com o ucraniano Ruslan Katyshev, que conseguiu os mesmos 6,21m de Ricardo, mas tinha um segundo salto melhor do que o do brasileiro (6,17m contra 5,94m). A medalha de Thiago foi a quinta do Brasil em Londres-2017.