O 2.º Mundialito Cidade de Santos de Fast Triatlo Feminino será disputado hoje, às 9h30, na Ponta da Praia, junto ao Aquário Municipal, em Santos, e vai reunir 18 competidoras de seis países. Apresentando um formato especial, a disputa requer muita velocidade das atletas, em função das curtas distâncias, tornando-a muito atrativa ao público.
Serão três baterias (com pequenos intervalos) com 250 metros de natação, 4.200 metros de ciclismo e 1.350 metros de corrida, distâncias menores que a das provas olímpicas, onde os competidores nadam 1,5 km, pedalam 40 km e correm 10 km.
Em cada disputa, as competidoras somarão pontos, valendo tanto o título individual quanto por equipes. Estarão “brigando” pela vitória triatletas do Brasil, Canadá, Estados Unidos, Japão, Portugal e África do Sul. Esta é a 3.ª vez que a praia santista recebe a competição de fast triatlo feminino. Em 2001, foi realizado o Desafio Internacional das Américas, nos mesmos moldes e as brasileiras dominaram o evento, vencendo as três disputas.
No ano passado foi realizada a primeira versão do Mundialito, com a participação de brasileiras, canadenses, norte-americanas, argentinas, inglesas e sul-africanas. Novamente o Brasil foi o melhor por equipes, com 120 pontos, na soma das três atletas, superando o Canadá, com 99, e os Estados Unidos, com 76 pontos. No individual a canadense Carol Montgomery foi a vencedora, superando a brasileira Carla Moreno por apenas um ponto.
A equipe verde e amarela terá duas triatletas que disputaram os Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, e que hoje figuram entre as 15 melhores do Circuito Mundial: a paulista Carla Moreno e a fluminense Sandra Soldan. Carla, atual 13.ª colocada no ranking mundial, é velha conhecida dos santistas. Iniciou a carreira em Santos, no Triatlo Internacional em 96, e tem no currículo, o tetracampeonato do Troféu Brasil.
Duelo esperado
A expectativa é para uma nova disputa acirrada entre brasileiras e canadenses, que terão em seu time dois grandes nomes:- Sharon Donelly -medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (Canadá), em 1999 (superando Carla Moreno), e 16.ª no Mundial – e Jill Savage, que em 2002 ganhou duas etapas do Circuito, no Japão e Alemanha, e ocupa a 9.ª colocação no ranking mundial.
“A Carla e a Sandra são muito fortes, estão em melhor forma. Nós estamos paradas por causa da temperatura. Viemos da neve. Em minha cidade está fazendo 10 graus negativos”, justifica Sharon, que mora em Kingston e terminou na 4.ª posição em 2002. Enquanto Sharon sabe as dificuldades que terá pela frente, Jill vive outra realidade. Pela 1.ª vez no Brasil, ela estreará em provas de fast triatlo. “Para mim será uma experiência nova. Vim, interessada em aprender e me divertir na competição”, diz a triatleta, que é especialista em provas de longa distância e, em 2001, em sua estréia no IronMan do Havaí, terminou na 10.ª colocação.
Surpresa oriental
Apesar de aparecerem como as grandes cotadas aos títulos, as representantes do Brasil e do Canadá destacam “inimigas? em comum: as japonesas, que chegaram sem muito alarde, podem surpreender. “Estive no Japão em setembro e vi de perto. Elas são rápidas na corrida e vão bem no ciclismo. Andam sempre coladas, jogam em equipe”, revela Sharon. “Além disso, são jovens e isso ajuda muito”, acrescenta a canadenses, que está com 35 anos e pratica triatlo há 12.