Brasileira herda ouro da maratona do Pan após confirmação de doping de peruana

A Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) confirmou que Adriana Aparecida da Silva é a campeã da maratona dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. A brasileira, que também venceu a prova em Guadalajara, há quatro anos, herdou o ouro que havia sido conquistado pela peruana Gladys Tejeda, depois pega em exame antidoping.

Além de Tejeda, outros cinco atletas foram oficialmente punidos pela ODEPA, perdendo seus resultados e medalhas. Todos eles, incluindo a peruana, deverão ser julgados pelas respectivas federações internacionais, a partir do Código Mundial Antidoping.

Campeã da maratona em Toronto, Tejeda caiu no doping pelo uso de furosemida. Em agosto, quando comunicou o resultado do exame, o Comitê Olímpico do Peru disse que “trata-se de um medicamento que ela mesma declarou ter consumido por prescrição médica para o tratamento de uma dor”. De acordo com o órgão peruano, isso que “ela não agiu de má fé”.

O caso se assemelha, pelo que descreveram os peruanos, ao doping de Geisa Arcanjo depois de a brasileira conquistar a medalha de ouro no Mundial Juvenil de 2011, no arremesso de peso. Ela caiu no doping, por substância que não melhora o rendimento esportivo, e admitiu ter consumido chá verde. Ela perdeu a medalha, mas foi apenas advertida, não precisando cumprir suspensão.

Em Toronto, também perderam seus resultados a ciclista colombiana María Luisa Calle Williams, a jogadora de vôlei porto-riquenha Sheila Ocasio Clemente, o jogador de futebol do Panamá Richard Peralta Robledo, a atleta equatoriana María Pastuña e o paratleta chileno Cristopher Guajardo. Nenhum deles ganhou medalha.

Com o ouro herdado por Adriana, o Brasil chegou a 42 medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, 39 de prata e 60 de bronze. No atletismo, a vitória na maratona soma-se à de Juliana Gomes dos Santos nos 5.000m com barreiras.

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