Sendai, Japão (AE) – As seleções do Brasil e Itália decidem o título do Grand Prix Feminino de Vôlei na madrugada de amanhã, às 3h05, em Sendai, Japão (com TV Globo). O Brasil defenderá o título de campeão do GP contra uma Itália que é a campeã do mundo (2002). Na rodada de ontem, brasileiras e italianas venceram seus confrontos. A seleção do técnico José Roberto Guimarães derrotou o Japão por 3 sets a 1 (25/20, 25/27, 25/20 e 25/22). A Itália bateu Cuba também por 3 a 1 (25/18, 21/25, 32/30 e 25/15). As chinesas venceram as holandesas por 3 a 1, mas como vinham de duas derrotas não têm mais chances de brigar pelo título.
A atacante Paula Pequeno foi a maior marcadora do jogo contra o Japão, com 23 pontos. Após mandar no primeiro set, a seleção brasileira perdeu o controle no segundo, diante de um Japão rápido no ataque e ágil na defesa. O intervalo de dez minutos, reservado aos patrocinadores, entre o segundo e terceiro sets, serviu para a seleção se reencontrar e dominar o jogo até o fim.
Apesar da vitória, Zé Roberto não ficou totalmente satisfeito com o desempenho do time. "Poderia ter sido melhor, principalmente no bloqueio. A preparação para este confronto foi muito grande. Como levamos sufoco no primeiro jogo contra elas, na primeira etapa, treinamos mais em função do estilo delas, estudamos mais o time em vídeo. E era um duelo importante, de casa cheia, que nos colocaria numa posição boa."
Valeskinha, capitã e meio-de-rede da seleção brasileira, disse que é ruim quando o Brasil entra no ritmo do Japão. "Foi o que aconteceu no segundo set. Entramos na correria que não é o nosso estilo. Depois do intervalo mais longo, voltamos a imprimir o nosso ritmo e conquistamos mais uma importante vitória nesse GP."
A meio-de-rede Carol Gattaz, que vem liderando as estatísticas de bloqueio do Grand Prix desde a primeira etapa da competição, disse que para o Brasil o jogo das japonesas "é o mais chato" de todo o circuito mundial. "Saímos de quadra psicologicamente cansadas", justifica. Observa que o Japão é um time muito difícil de se marcar. "Tem de se manter uma estratégia de jogo até o fim. Mas nesta fase já jogamos muito melhor contra o Japão do que naquela partida contra elas em Tóquio."