Em 1998, a seleção francesa, de Barthez, Desailly, Thuram e Zidane, recebia um doping motivacional momentos antes do início de cada partida da Copa do Mundo quando seus torcedores cantavam “A Marselhesa”, o Hino Nacional do país. Com o Brasil, não foi diferente no primeiro jogo deste Mundial, quando mais de 60 mil vozes entoaram o Hino Nacional no Itaquerão, parte dele à capela, no jogo de abertura da competição – a vitória por 3 a 1 sobre a Croácia, na última quinta-feira.

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Mas o comportamento do torcedor em São Paulo não foi inédito. E começou um ano antes, na execução do hino que antecedeu a vitória da seleção por 2 a 0 sobre o México, pela Copa das Confederações, em Fortaleza, no Castelão. Embalados pelo emocionante apoio dos torcedores, o Brasil abriu o placar da partida logo aos 9 minutos do primeiro tempo, com o gol marcado pelo atacante Neymar.

Depois dessa vitória, definida nos minutos finais com o gol marcado pelo centroavante Jô, a seleção embalou vitórias sobre três das mais tradicionais equipes do mundo – Itália (4 a 2), Uruguai (2 a 1) e Espanha (3 a 0) – para se tornar campeã da Copa das Confederações e um dos candidatos ao título mundial em 2014.

Agora, nesta terça-feira, a seleção volta ao palco onde tudo começou, para enfrentar novamente o México no Castelão, mas desta vez pela segunda rodada do Grupo A da Copa. E o atacante Hulk lembrou o quanto aqueles dias no ano passado em Fortaleza foram importantes para o fortalecimento do grupo da seleção.

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“O ambiente na seleção é maravilhoso. É familiar, todos se respeitam, tem o outro como irmão, aceitam as brincadeiras, o Felipão nos dá total liberdade. Antes daquele jogo, tivemos visitas de amigos do Felipão, que agora também são nossos amigos e nos deixaram muita à vontade”, afirmou o atacante.

E Hulk aposta que a seleção terá apoio total do torcedor nesta terça-feira, diante do México. “Brasil no Nordeste é sempre festa. Tudo começou lá, com o Hino Nacional, quando eles cantaram até o final. Também fomos recebidos assim em São Paulo e temos que parabenizá-los. E também teremos isso no Nordeste novamente”, garantiu.

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O meia Oscar também guarda aquele triunfo na sua memória e agora espera repeti-lo para encaminhar a classificação brasileira às oitavas de final da Copa. “Eu me recordo daquela grande vitória. Foi um belo jogo, no primeiro tempo, pressionamos muito e fizemos um gol logo no começo. O México também teve chances, foi um jogo muito difícil. Espero que esse jogo também seja, mas espero vencer. É relembrar as coisas e corrigir as ruins daquele jogo, sendo quase perfeito para vencer”, disse.

Além do apoio maciço da torcida no Castelão, a seleção deve entrar em campo nesta terça-feira com a mesma formação daquele duelo com o México. A única dúvida é o atacante Hulk, com dores na coxa esquerda, mas que viajou para Fortaleza. E, se for vetado, deverá ser substituído por Ramires.

Mas nem tudo em Fortaleza é motivo para alegria na seleção. Afinal, a última derrota da equipe no País foi exatamente na capital do Ceará, em agosto de 2002, quando o Brasil foi batido por 1 a 0 pelo Paraguai, em jogo comemorativo ao título mundial daquele ano. Depois disso, a seleção entrou em campo 38 vezes no País, com 29 vitórias e nove empates.

Essa série positiva tentará ser ampliada nesta terça-feira, quando os torcedores voltarão a cantar o hino à capela no Castelão, num comportamento que emocionou o zagueiro e capitão Thiago Silva na abertura da Copa, o levando a chorar, assim como o goleiro Julio Cesar, antes da vitória por 3 a 1 sobre a Croácia. “Quando você vê a torcida cantando, não tem quem aguente. Cada um reage de uma forma”, disse.