A seleção brasileira masculina de vôlei confirmou o seu favoritismo neste domingo, em Hamamatsu, no Japão, ao vencer a Argentina por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/20 e 25/21, em sua estreia na terceira fase da Copa do Mundo. O desempenho do time nacional, porém, não deixou Bernardinho satisfeito e o técnico chegou a protagonizar uma discussão áspera com o líbero Serginho durante a segunda parcial do confronto.

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O resultado assegurou mais três pontos ao Brasil, que se manteve na terceira posição da competição que garante três vagas nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Os brasileiros contabilizam agora 15 pontos, mesma pontuação da Rússia, que neste domingo venceu a Sérvia por 3 sets a 0 e se manteve na vice-liderança por estar em vantagem nos critérios de desempate. A liderança isolada, com 16 pontos, segue nas mãos da Polônia, que desta vez derrotou a China por 3 a 1.

A boa situação da seleção brasileira na classificação da competição, porém, foi deixada em segundo plano por Bernardinho, que reclamou do fato de seus comandados não terem aproveitado o duelo para mostrar evolução. “Estivemos um pouco apáticos no início do jogo e, independentemente do resultado, temos que buscar uma melhora de atuação sempre. Acho que hoje (domingo) não alcançamos esse objetivo de melhorar e de usar o jogo como um degrau a mais para conseguir um desempenho ainda melhor”, analisou o comandante.

O treinador, porém, admitiu que o fato de o Brasil não perdido sets diante da Argentina foi um fator positivo, pois vitórias por 3 a 0 ou 3 a 1 garantem três pontos, enquanto triunfos por 3 a 2 asseguram apenas dois. “Voltamos a errar um pouco mais hoje (domingo), mas três pontos sempre são importantes para a nossa classificação”, acrescentou.

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Em busca desta evolução cobrada por Bernardinho, o Brasil volta à quadra nesta segunda-feira, às 4 horas (horário de Brasília), para enfrentar Cuba, que neste domingo venceu a Itália por 3 sets a 1 e assumiu a quarta posição da Copa do Mundo, com 12 pontos, deixando os italianos em quinto lugar, com 11.

O líbero Serginho, que foi “alvo” da fúria de Bernardinho na discussão acalorada que teve com o comandante em uma parada técnica do segundo set, minimizou a importância do fato e preferiu valorizar a vitória brasileira. “Esse tipo de coisa faz parte. Não conseguimos jogar calado. A nossa equipe tem um espírito guerreiro dentro da quadra e isso foi uma discussão normal. Já havia acontecido em outras vezes. O importante é que o campeonato segue e vamos seguir unidos como sempre. Se for pra discutir e vencer por 3 a 0 sempre, não tem problema”, enfatizou.

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Maior pontuador do confronto deste domingo, com 17 acertos, o oposto Leandro Vissotto foi eleito o melhor jogador da partida e também festejou a importância do resultado. “Estamos contentes com essa vitória, que foi importantíssima na nossa trajetória. O título é construído a cada dia e esse foi mais um passo para alcançarmos esse que é um dos nossos objetivos aqui no Japão. Mas, primeiro, pensamos na classificação para a Olimpíada”, disse.

O JOGO – O duelo deste domingo começou equilibrado e os argentinos foram para o primeiro tempo técnico em vantagem de 8 a 7, antes de abrir 10 a 8. Os brasileiros reagiram e depois fizeram 18 a 15, mas permitiram o empate aos rivais no 22 a 22. A partir dali, porém, a seleção marcou três pontos seguidos para liquidar a parcial.

O segundo set foi mais tranquilo para o Brasil, que administrou uma vantagem de três pontos na maior parte da parcial e depois deslanchou para fazer 25 a 20. Em seguida, no terceiro set, os dois times travaram um duelo equilibrado no início, mas, ajudados por um ace de Giba e depois por uma boa sequência de saques de Marlon, a seleção brasileira abriu seis pontos de vantagem e se segurou à frente do placar, que foi fechado em 25 a 21 após um bloqueio de Sidão.

OUTROS JOGOS – Em outros dois confrontos disputados neste domingo, os Estados Unidos venceram o Irã por 3 sets a 0, enquanto o Japão obteve o mesmo placar diante do Egito. Apesar da derrota, os iranianos seguiram à frente dos norte-americanos, em sexto lugar, com nove pontos, mesma pontuação de Argentina, oitava colocada, e do próprio Estados Unidos, que estão no sétimo posto. Já os japoneses têm apenas cinco pontos e figuram em nono lugar.