Leipzig – Saiu tudo do jeito que Carlos Alberto Parreira queria, ontem, nos 3 a 0 sobre a Grécia, estréia do Brasil na Copa das Confederações. O treinador pôde testar Cicinho e Gilberto, poupar alguns jogadores durante o jogo e, o que mais lhe interessava, observar o comportamento do quarteto formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Adriano no auxílio à marcação.
Certamente, Parreira gostou do que viu. O Brasil jogou um bom futebol no belo Zentralstadion, na igualmente bela Leipzig. Claro que a fragilidade do adversário – a Grécia é bastante disciplinada taticamente, mas não passa disso – colaborou. Mas a seleção soube tomar conta do jogo, após os 15 minutos iniciais de um equilíbrio que existiu apenas enquanto os brasileiros não encontraram o posicionamento ideal em campo.
Os gregos não tomaram conhecimento do Brasil e criaram o primeiro lance de perigo logo no primeiro minuto de jogo. Roque Júnior perdeu a bola para Charisteas, fez a falta e, na cobrança, Kyrgiakos cabeceou para fora.
Mas a Grécia ficou nisso e o Brasil, ainda que sem ser brilhante, dominou toda a primeira etapa e passou a criar – e perder – oportunidades. Nos primeiros 20 minutos, quando a seleção pressionou, foram quatro.
Nestes 15 minutos, a Grécia tentou explorar jogadas pelas laterais, de onde partiram alguns cruzamentos contra a área brasileira. Nenhum levou perigo efetivo. Ainda assim a dupla Lúcio e Roque Júnior (ontem o capitão da seleção) mostrou a rotineira insegurança.
Quando o Brasil se acertou, Kaká, Ronaldinho e sobretudo Robinho passaram a fazer boas jogadas. Zé Roberto passou a "matar" a maioria das jogadas que os adversários tentavam armar. Cicinho desinibiu-se e passou a se apresentar para as jogadas e Gilberto posicionou-se melhor, se aproximando mais da lateral do campo em vez embolar com os jogadores de meio.
A Grécia sumiu, mas o primeiro gol saiu de jogada individual de Adriano. Ele recebeu fora da área, livrou-se do zagueiro Kyrgiakos e soltou a bomba, no canto direito de Nikopolidis, que foi atrasado para a bola. Depois do gol, cada equipe perdeu uma grande oportunidade. Pela Grécia, Charisteas completou na rede pelo lado de fora cruzamento da direita de Seitaridis e, pelo Brasil, Robinho, pela direita, na entrada da pequena área, completou para fora cruzamento da esquerda.
O segundo tempo começou com um gol do Brasil. Gilberto pegou a bola no meio-campo e foi levando, sem ser incomodado, até chutar cruzado. Robinho penetrava livre e só teve o trabalho de tocar para as redes, aos 46 segundos.
Com 2 a 0, o jogo, na prática, acabou. O Brasil diminuiu o ritmo, Parreira aproveitou para descansar três jogadores do quarteto – Adriano, Ronaldinho Gaúcho e Kaká – e nem assim os gregos ameaçaram. E Juninho Pernambucano, que entrou no lugar do meia do Milan, ainda fez um belo gol, seu primeiro pela seleção, cobrando uma falta no canto direito de Nikopolidis, que nem se mexeu.
Foi uma estréia como Parreira queria. Domingo, a seleção pega o México, em Hannover.
México bate Japão de Zico
Hanover – O México, do brasileiro Zinha, derrotou o Japão, do técnico brasileiro Zico, por 2 a 1, de virada, ontem em Hanover, na partida que marcou a estréia das duas equipes na edição 2005 da Copa das Confederações.
Zinha – naturalizado mexicano – marcou o gol do empate que iniciou a reação, num belo chute de fora da área. O outro gol foi marcado por Fonseca, já no segundo tempo. Yanagisawa fez o único gol japonês. O México começou melhor e perdeu boas chances de gol nos primeiros minutos. No entanto, aos 12, em seu primeiro ataque perigoso, o Japão abriu o placar. Yanagisawa aproveitou um cruzamento da direita e desviou para o gol.
Aos 39, o México chegou ao empate, com Zinha.
Na segunda etapa os mexicanos voltaram melhor. Aos 20, Fonseca sobiu mais que os zagueiros e, também de cabeça, virou o placar: 2 a 1. Na próxima rodada, domingo, o Japão enfrenta a Grécia. O México joga contra o Brasil.