A Seleção Brasileira venceu a Coréia do Sul por 3 a 2, de virada, na manhã de ontem, em Seul, na partida que marcou a despedida do técnico Mario Jorge Lobo Zagallo. O grande destaque do jogo – que serviu também para comemorar o pentacampeonato mundial conquistado no meio do ano – foi o atacante Ronaldo. Estimulado pela indicação ao prêmio de melhor do mundo da Fifa, o artilheiro da Copa marcou dois gols, ambos no seu melhor estilo: arrancada em velocidade em direção ao gol. O terceiro foi feito por Ronaldinho Gaúcho, aos 48 minutos do segundo tempo, de pênalti.
O primeiro gol do jogo surgiu de um erro do árbitro chinês Lu Jun, que marcou equivocadamente um recuo de bola para o goleiro Dida. Na seqüência da jogada, aos 8 minutos, Seol Ki-Hyeon marcou de cabeça, aproveitando uma desatenção da defesa brasileira.
O jogo, que estava equilibrado até então, passou a ser dominado pelo Brasil a partir dos 10 minutos. E começou a aparecer o futebol de Ronaldo. Aos 18 minutos, ele recebeu um lançamento de Zé Roberto; ganhou da defesa coreana na corrida e tocou na saída do goleiro Lee Wonn-Jae para fazer 1 a 1. Além de marcar o gol de empate, o atacante do Real Madrid apareceu quatro vezes diante do goleiro Lee Wonn-Jae.
No segundo tempo, o jogo foi mais equilibrado. A Coréia do Sul voltou a ficar na frente aos 13 minutos. O atacante Ahn se antecipou à defesa brasileira e fez 2 a 1 após rebatida de Dida. Ronaldo empatou a partida outra vez aos 23 minutos. O artilheiro recebeu um lançamento longo do zagueiro Edmilson, invadiu a área e tocou entre as pernas do goleiro coreano: 2 a 2.
Tentando vencer em seu último jogo, Zagallo não fez nenhuma alteração de ordem tática (Belletti entrou no lugar de Cafu, machucado), ao contrário do técnico coreano, que promoveu várias mudanças no time. Com um pouco mais de conjunto, o Brasil foi melhor e conseguiu vencer no finalzinho, com um pênalti marcado em cima de Amoroso. Ronaldinho cobrou e virou – e na comemoração comandou um abraço coletivo em Zagallo.