O handebol do Brasil atingiu nesta sexta-feira o seu melhor resultado na história da modalidade. Com o Ginásio do Ibirapuera recebendo pequeno público, a seleção brasileira feminina venceu a Croácia por 32 a 31 e se classificou para a disputa do quinto e sexto lugares no Mundial que está sendo realizado em São Paulo. Até aqui, o melhor resultado do Brasil numa competição de alto nível havia sido um sétimo lugar no Mundial de 2005.
A seleção brasileira, comandada pelo dinamarquês Morten Soubak, vai voltar à quadra no domingo, novamente no Ibirapuera, para decidir o quinto lugar contra a Rússia, atual tricampeã mundial, que venceu Angola mais cedo. Inicialmente o jogo está marcado para às 9h.
O resultado mostra a evolução do handebol feminino do Brasil. Em suas oito participações anteriores em Mundiais, de 1995 para cá, só em 2005 a seleção brasileira ficou entre as dez primeiras. Em 2007 foi a 14.ª colocada e, dois anos depois, ficou em 15.º. Em Olimpíadas, foram três participações, a partir de Sidney, com um oitavo, um sétimo e um nono lugares.
O dado que melhor mostra a evolução do handebol feminino brasileiro é o confronto contra as seleções europeias, que dominam a modalidade. Em Olimpíadas, foram 13 jogos, com uma vitória (sobre a Grécia, em 2004) e um empate (com a Hungria, em 2008), além de 11 derrotas. No Mundial deste ano, o Brasil venceu Romênia e França na primeira fase, a Croácia nesta sexta, e só perdeu para a Espanha, nos segundos finais, nas quartas de final.
A derrota para as espanholas, por um gol de diferença, na quarta, abalou as brasileiras. Tanto que elas foram mal no primeiro tempo, permitindo que a Croácia abrisse até seis gols de folga no placar. Depois de uma bronca de Soubak, o Brasil reagiu e foi para o intervalo perdendo de um ponto.
Na volta para a segunda etapa, mais uma vez a Croácia foi superior e abriu seis gols. O Brasil fui buscar, virou, abriu dois, mas permitiu a virada. No fim, a seleção brasileira conseguiu fazer o que faltou contra a Espanha. Segurou a bola no minuto final, com o placar marcando empate em 31 a 31 e só arremessou no momento certo, com Ana Paula. A central marcou a 15 segundos do fim e pôs o Brasil em vantagem. No seu último ataque, as croatas erraram um passe, perderam a bola, e acabaram lamentando a derrota.