Brasil vai a Suécia para muitos desafios

O Brasil vai à fria Suécia em fevereiro para um confronto de muitos desafios, pela primeira rodada do Grupo Mundial da Copa Davis de 2003: vencer a tradição do adversário – com sete títulos na competição – , a regularidade de seus jogadores e, especialmente, jogar em uma quadra de carpete coberta, o piso mais provável a ser utilizado na série de jogos. O técnico e capitão da equipe brasileira, Ricardo Acioly, lamenta o fato de ter de jogar fora de casa, mas demonstra otimismo, enquanto Gustavo Kuerten, com ironia, sugeriu a compra de muitos e muitos agasalhos para suportar a baixa temperatura do final do inverno da Escandinávia.

No sorteio realizado nesta quinta-feira em Londres, na Federação Internacional de Tênis (ITF), o Brasil perdeu na definição da sede. É que depois de ter caído com a Suécia, ainda houve a necessidade de uma nova escolha para definir o local dos jogos. Esta situação repete o que aconteceu este ano, quando a equipe brasileira teve de jogar no começo do ano com a República Checa, em Ostrava, em condições semelhantes – ginásio e quadra de carpete – perdeu por 4 a 1 e precisou da vitória sobre o Canadá no play off – repescagem – para manter-se no Grupo Mundial. ?Acho que vai ser um belo desafio para nossos jogadores?, definiu Acioly.

?Temos uma equipe competitiva, com Guga, Fernando Meligeni e André Sá participando de vários torneios em quadras cobertas e conseguindo bons resultados.? O principal jogador do time brasileiro, Guga, não teve como deixar de lamentar o fato de ter de jogar fora de casa, diante de uma equipe de muita tradição na Davis, como a Suécia, e em condições pouco favoráveis. Com bom humor espera que o Brasil possa ter um bom desempenho. ?Vamos tentar surpreender?, afirmou Guga. ?E acho que vou ter de comprar um bom casaco para jogar sem congelar na quadra.?

Com o benefício de jogar em casa, a equipe da Suécia passa a ser favorita neste confronto, apesar de atualmente não contar mais com tantos jogadores como na época de Bjorn Borg, Mats Wilander e Stefan Edberg, todos ex-números 1 do mundo. Hoje o time sueco tem jogadores regulares. O principal deles é Thomas Johansson, campeão do Aberto da Austrália, e número 16 do ranking mundial, seguido de Thomas Enqvist, número 28, além do excelente duplista Jonas Bjorkman.

Mesmo assim, se o time brasileiro vencer, teria outro grande desafio na rodada seguinte: o vencedor de Austrália e Inglaterra. Nos outros confrontos de primeira rodada do Grupo Mundial de 2003, a França recebe a Romênia; a Rússia vai a República Checa, a Espanha joga em casa com a Bélgica, assim como a Argentina que joga com a Alemanha, enquanto os Estados Unidos irão a Croácia e a Holanda recebe a Suíça.

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