Miami – Considerado o 5.º maior torneio de tênis do planeta, atrás apenas dos 4 do Grand Slam – Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open -, o Masters Series de Miami mostra a atual realidade do tênis no Brasil. Apenas Ricardo Mello entrou na competição e vai estrear diante do espanhol Santiago Ventura, em partida ainda com data indefinida. Flávio Saretta chegou a lutar por uma vaga na chave principal através do qualifying, mas perdeu logo na primeira rodada para o japonês Takao Suzuki. Os outros nem isso tentaram.
Com tantas brigas políticas, o tênis brasileiro só perdeu. Na esperança de mudar esta realidade, o recém-formado Instituto do Tênis, que tem o apoio da iniciativa privada – não depende dos inexistentes recursos financeiros da CBT -, tenta uma jogada interessante esta semana em Miami. O presidente da entidade, Renato Traldi, vai encontrar-se com Joaquim Rasgado, dirigente da USTA, a poderosa Associação Norte-Americana de Tênis, para a assinatura de um acordo.
Assim, os jogadores deste Instituto poderão receber wild cards (convites) para torneios nos EUA e haverá ainda um intercâmbio entre técnicos e atletas.
Enquanto os resultados não aparecem, Ricardo Mello tenta repetir a vitória que teve sobre Santiago Ventura, recentemente, no Brasil Open. Esta será apenas a segunda vez que eles se enfrentam. Se o brasileiro avançar, terá pela frente um dos favoritos ao título, o croata Mário Ancic, dono de um saque poderoso e especialista em quadras rápidas.
O Masters Series de Miami tem uma fórmula aperfeiçoada de um Grand Slam. É uma competição de 12 dias, com chaves de 96 jogadores -masculino e feminino.