A seleção brasileira chega ao duelo desta terça-feira com o Paraguai, em São Paulo, envolta em um clima de otimismo, especialmente pela atual série de sete vitórias seguidas nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, mas o retrospecto recente indica que o confronto pode não ser tão fácil quanto se prevê. Afinal, o jejum de vitórias da equipe diante dos paraguaios é de quatro jogos.
O Paraguai foi algoz do Brasil em duas edições recentes da Copa América, em 2011 e em 2015, ambos em confrontos pelas quartas de final, definidos na disputa de pênaltis após empates por 0 a 0 e 1 a 1, respectivamente – em 2011, ainda pela fase de grupos do torneio continental, a seleção ficou em nova igualdade com os adversários, dessa vez por 2 a 2.
Esse placar voltou a se repetir no último duelo entre as equipes, no primeiro turno das Eliminatórias, em partida disputada no Defensores del Chaco. Mandantes, os paraguaios chegaram a abrir 2 a 0, mas permitiram que a equipe brasileira, então dirigida por Dunga, igualasse o placar, com gols de Daniel Alves e Ricardo Oliveira.
Do time que começou jogando em Assunção naquela oportunidade, o Brasil repetirá nesta terça-feira, no Itaquerão, apenas três nomes na sua escalação titular: o goleiro Alisson, o zagueiro Miranda e o meia Renato Augusto.
Preocupado em evitar que o clima de euforia atinja seus jogadores e atrapalhe o desempenho da equipe em campo, o técnico Tite lembrou a recente série de tropeços da seleção diante dos paraguaios.
“Não posso deixar que os atletas não fiquem felizes, e eu também, não posso não ficar feliz. Mas foi o que eu disse: ‘a vitória sobre o Uruguai não facilita em nada nosso trabalho no enfrentamento com o Paraguai’. Não os vencemos há quatro jogos, eles venceram a Argentina fora e buscam a classificação”, afirmou o treinador, também destacando o triunfo dos paraguaios sobre a Argentina em outubro de 2016, em Córdoba, pelas Eliminatórias.
Tite também apontou as virtudes que enxerga no adversário desta terça-feira. “Alterna muito bem pressão alta, média e baixa. Pressiona na frente e te induz ao erro. A pressão baixa é concentrada, com os homens de lado tendo transição rápida para o contra-ataque. Possui jogada trabalhada em forma de triangulação. Tem bola parada forte. O nível de dificuldade será alto”, avaliou.
Antes dos últimos quatro tropeços, o Brasil bateu o Paraguai por 2 a 1, em junho de 2009, pelas Eliminatórias, em partida disputada no Arruda. Os gols do jogo foram marcados por Robinho, Nilmar e Cabañas, sendo que a seleção não possui nenhum remanescente daquele duelo, pois Daniel Alves vai cumprir suspensão automática nesta terça-feira no Itaquerão.