Apesar da má campanha na Copa América, com dois empates em duas partidas, a seleção brasileira acabou sendo beneficiada por outros resultados. Com a vitória da Argentina diante da Costa Rica, por 3 a 0, na última segunda-feira, a equipe de Mano Menezes precisa apenas do empate diante do Equador, nesta quarta, para garantir vaga para a próxima fase.
Mesmo com a vantagem, os jogadores rechaçam a possibilidade de jogar por outro resultado que não seja a vitória. “Acho que não temos que pensar em empate, porque entramos sujeitos a perder. Temos que fazer nosso jogo, jogar melhor, porque não conseguimos jogar o que queremos até agora. Não temos que pensar no empate. Claro, é uma coisa favorável, mas a cabeça tem que estar no jogo, pensando em vencer, até para chegar na segunda fase mais confiante”, declarou o goleiro Julio Cesar.
Os resultados ruins aliados ao mau desempenho apresentado pela seleção resultaram em diversas críticas por parte da imprensa e da torcida, que fizeram com que os próprios jogadores admitissem que estão devendo futebol. Na última segunda, o capitão Lúcio demonstrou seu descontentamento, criticou a postura da equipe e chegou a afirmar que “o símbolo que está à frente da camisa é mais importante do que o nome que está atrás”. O defensor cobrou mais seriedade dos seus companheiros a partir de agora.
As declarações de impacto, no entanto, foram bem recebidas pelos atletas, de acordo com Julio Cesar. “O Lúcio é o jogador mais experiente do grupo, completou 100 jogos com esta camisa recentemente, conhece bem o ambiente. Merece total respeito e para quem for inteligente é importante escutar. Porque além de experiente e capitão, ele fala com propriedade. Isto serve de alerta e ele foi feliz na colocação. Para quem for inteligente, e me coloco entre estes, é bom para refletir”, disse o goleiro.