O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, que se reuniu hoje com a presidente Dilma Rousseff, disse que o Brasil pode esperar “muitas críticas” em torno da realização das Olimpíadas de 2016, mas que o resultado será bom.

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“Eu acabei de dizer para a presidente do Brasil que quando fui o primeiro-ministro tivemos a competição para a Olimpíada, e houve muita crítica, mas o resultado foi excelente. Tenho certeza que o resultado será brilhante aqui e no Rio de Janeiro também.”

Foi na gestão de Blair que Londres desbancou Paris para sediar a Olimpíada de 2012. “Vai haver muitas críticas, preocupações e dificuldades, mas vocês terão grandes Jogos. O Rio de Janeiro é uma cidade fantástica e todo mundo vai querer estar lá, incluindo eu.”

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Seminário

Blair participa em Brasília, do seminário “Congresso Internacional Brasil Competitivo”, organizado pelo MBC (Movimento Brasil Competitivo) e patrocinado pelo governo federal e pela Petrobras.

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“Todos os países são bastante diferentes entre si, mas uma vez que você tenha participado do governo, os desafios não são necessariamente identificar as mudanças, mas realizá-las. Eu estava discutindo isso com a presidente mais cedo. Ela leu a minha autobiografia, e o desafio é passar a ideia da mente para a prática. Essa foi a questão mais difícil”, declarou Blair em entrevista coletiva.

Ele disse ainda que conversou com Dilma sobre a situação no Oriente Médio, mas que o foco foi a crise europeia. “Concordamos em vários pontos, a conversa foi bastante positiva. Precisamos de políticas para crescimento e reformas estruturais para a Europa, mas como alcançar esses pontos se não temos crescimento? Vamos enfrentar grandes decisões para restaurar o sentimento de confiança nas políticas europeias. É um momento delicado.”

Questionado sobre eventuais semelhanças entre Dilma Rousseff e a ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher, Blair evitou comparações.

“Eu acho que vou deixar comparações com os seus comentaristas, mas tenho muito respeito pela presidente do Brasil. Todos os países enfrentam esse grande desafio de mudança, uma das razões pelas quais ela estabeleceu esse movimento, esse fórum de competitividade no Brasil. As pessoas não gostam de mudar, mas é preciso mudar. Mesmo depois das reformas realizadas, acaba sendo positivo, pois os países fazem mudanças importantes. Esse é o cerne da liderança.”