Brasil segue modelo sul-africano para Copa

A mil dias da Copa 2014, o clima no Brasil, de apreensão em relação ao atraso nas obras, é bem diferente do vivido por África do Sul, em 2010, e Alemanha, em 2006. Faltando exatamente o mesmo número de dias para o início do Mundial africano, a confiança no país sede era muito grande. Na época, o comitê organizador se mostrava satisfeito com o andamento das obras e acreditava que tudo estava dentro do prazo.

Mas na prática não foi bem assim. Ocorreram atrasos em várias obras e, já durante a Copa, os torcedores sofreram com vários tipos de problemas, como falta de transporte público e de infraestrutura viária no acesso aos estádios. Para se ter uma ideia, a imprensa precisava chegar horas antes de cada partida para evitar os constantes e gigantescos engarrafamentos nos principais acessos ao locais.

Já na Copa do Mundo realizada na Alemanha, em 2006, não houve qualquer tipo de problema com atrasos nas obras. Pelo contrário. O Allianz Arena, principal estádio da competição, começou a ser reformado no dia 21 de outubro de 2002, quase quatro anos antes do primeiro jogo. Naquela época, outros dois estádios já estavam prontos para a competição.

Além disso, o país europeu gastou nas obras das 12 sedes aproximadamente 1,5 bilhão de euros (R$ 3,5 bilhões). Só os estádios de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, consideradas as quatro principais sedes, vão custar aproximadamente isto (R$ 3,1 bilhões). O valor total das obras em todos os estádios do Brasil está avaliado em quase R$ 7 bilhões.

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