Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Este foi o lema do Chile na partida de ontem à noite. O Brasil vencia o adversário até os 44 minutos da etapa final. Mas, na insistência, os chilenos fizeram justiça e conseguiram o empate em um pênalti, permanecendo na zona de classificação. O Brasil segue na liderança isolada, com 13 pontos, contra 12 da Argentina.
A seleção brasileira contou com a distração da arbitragem para construir o placar. Luís Fabiano estava impedido quando recebeu o passe de Kaká e marcou o gol do Brasil. O árbitro Horácio Elizondo, argentino, estava encoberto e o assistente Rodolfo Otero nada marcou.
Não fosse o descuido da arbitragem, dificilmente a seleção estaria voltando do Chile com um empate na bagagem. Jogando em casa, a seleção chilena mostrou quem mandava no jogo desde o início e a tática do Brasil também ficou clara: tentar a sorte nos contra-ataques. O grande problema é que, como aconteceu contra a Argentina, faltava ligação entre defesa e ataque. E desta vez, o talento individual de Ronaldo parou em Fuentes, que não descolava do brasileiro. A marcação individual era previsível. Após a vitória brasileira por 3 a1 sobre a Argentina, a imprensa chilena imediatamente lançou o alerta e o técnico Juvenal Olmos tratou de armar uma marcação rigorosa.
Ao contrário da defesa brasileira, que mais uma vez mostrou ter mais sorte que juízo. Apesar de Edmílson e Edu terem sido eficientes na maioria das bolas no meio-de-campo, quando ela passava era um deus-nos-acuda, especialmente nas jogadas aéreas.
Dada a fragilidade da zaga brasileira, o técnico chileno decidiu arriscar tudo e aos dez minutos da etapa final, já havia feito três substituições, colocando o time pra frente. Com a pressão, até Ronaldo voltava para a defesa. Mas não deu. De tanto insistir, o Chile conseguiu o gol, em um lance duvidoso. Aos 43 minutos, o árbitro entendeu que Cafu puxou Olarra na área e Navia conseguiu o empate na cobrança de penalidade, dando o tom de justiça ao placar.
