O diretor executivo da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Marco Aurelio Klein, foi ao Canadá para pedir e discutir o recredenciamento do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, o Ladetec, em reunião com a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).
O Ladetec era o único laboratório brasileiro que tinha aprovação da entidade para fazer exames antidoping, mas foi descredenciado no final do mês de agosto pelo que a Wada classificou como “repetidas falhas” em testes antidoping. A situação é preocupante, pois o Ladetec seria o responsável por analisar todas as amostras dos jogadores que participarão da Copa do Mundo de 2014.
O laboratório recebeu uma pontuação que implica no descredenciamento, que entra em vigor em 25 de setembro. Antes, no dia 8 de agosto, o Ladetec já havia sido suspenso. Agora, porém, o Brasil agiu para buscar o recredenciamento do laboratório e acelerar esse processo.
Além de Klein e de dirigentes da Wada, a reunião também teve a participação do diretor do laboratório brasileiro, Francisco Radler. No encontro, ficou definido que o procedimento de análise do pedido de recredenciamento do Ladetec será mais rápido que os trâmites tradicionais. Assim, o tempo para credenciamento, que normalmente leva de 16 a 24 meses, poderá ser reduzido pela metade.
Assim, quando o novo prédio do laboratório estiver pronto e equipado, em 2014, será realizado o pedido para novo credenciamento. A partir disso, o Ladetec estará em estágio probatório, de aproximadamente um ano, em que precisará demonstrar capacidade técnica e operacional de realizar os exames antidoping conforme os requisitos da Wada.
A expectativa da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, vinculada ao ministério do Esporte, é para que o Ladetec esteja novamente credenciado e autorizado a realizar o controle de dopagem no segundo semestre de 2015.
Para a Copa do Mundo de 2014, foi definido que o Ladetec, em parceria com um dos laboratórios aprovados pela Wada, poderá fazer exames de sangue e efetuar o passaporte biológico dos jogadores. O Brasil também vai apresentar à Wada e à Fifa proposta para montar um “laboratório-satélite” para os exames de urina durante a Copa. Essa proposta, se aprovada, também precisará ser realizada com o apoio de um laboratório credenciado.
Klein aprovou o resultado da reunião com membros da Wada em Montreal. “Reconhecemos o problema e reiteramos nosso compromisso de solucioná-lo no menor prazo para que o Brasil volte a ter seu laboratório acreditado conforme as normas da Wada e do código mundial de controle de dopagem”, disse.