O Brasil está oficialmente classificado para participar das seis provas de revezamento na natação nos Jogos Olímpicos do Rio. Sem qualquer benefício por ser país sede, os brasileiros conseguiram vaga em todas as disputas pela primeira vez na história. A confirmação veio com o fechamento do prazo de obtenção de índices, na virada de terça para esta quarta-feira.
A equipes dos revezamentos 4x100m livre e 4x100m medley masculino, e 4x100m livre e 4x200m livre feminino conseguiram a vaga olímpica terminando entre as 12 primeiras do Mundial de Kazan (Rússia), no ano passado.
Os demais revezamentos precisaram aguardar até esta quarta-feira para ficar com uma das quatro vagas destinadas a partir do ranking mundial que compreendeu os últimos 17 meses – de 1.º de janeiro de 2015 a 31 de maio de 2016.
No 4x100m medley feminino, o Brasil ficou com o 14.º tempo geral do ranking, com 2min02s52 dos Jogos Pan-Americanos de Toronto (Canadá), em 2015. Desconsiderando os 12 classificados pelo Mundial, ficou só atrás da Finlândia. O revezamento 4x200m masculino também pegou a segunda vaga da repescagem. O time ficou em 11.º geral, com o tempo de 7min11s15 obtido no Pan.
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) deve divulgar ainda esta semana a convocação de mais três atletas para o Rio-2016: André Pereira, Natália de Luccas e Jhennifer Conceição. Ele entra no 4x200m, enquanto elas serão, respectivamente, responsáveis pelos nados de costa e peito no 4x100m medley. Com os três, a delegação chega a 33 nomes.
Etiene Medeiros não vai participar desse revezamento no Rio-2016, ainda que tenha o melhor tempo do país nos 100m costas. Como terá um calendário repleto de provas na Olimpíada e o 4x100m medley tem chances restritas de avançar à final, a pernambucana abriu mão de compor o time. Por isso, Natália será convocada.
Como tem o chamado “índice B” da Federação Internacional de Natação (Fina) nos 200m costas e o Brasil não tem ninguém com “índice A” nessa prova, Natália será inscrita nela. O mesmo vale para Jhennifer Conceição nos 100m peito.
Além do Brasil, só Estados Unidos, Austrália, Itália, França, Japão, Rússia e Alemanha conseguiram se classificar para todos os seis revezamentos. China, Canadá e Holanda, entre outras potências, falharam nessa tentativa.