Brasil procura novos mercados para a carne

O governo brasileiro quer conquistar novos mercados de carne bovina em parceria com a iniciativa privada. Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, a idéia é aproveitar as oportunidades de negócio criadas com a confirmação de um caso de ?vaca louca? nos Estados Unidos.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, com receita estimada em US$ 1,5 bilhão no ano de 2003, com embarque de 1,2 milhão de toneladas. Apesar do resultado, o País só tem acesso a 50% dos mercados importadores.

Durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, Rodrigues destacou o Japão, a Coréia e Taiwan, que estão entre os principais compradores da carne bovina norte-americana.

De acordo com o ministro, o Brasil poderá também intensificar as negociações com a Rússia para revisão das cotas fixadas para importação de carne suína e de frango.
Uma missão brasileira desembarca ainda este mês na Rússia para tentar ampliar a cota estabelecida.

Frango e suíno

Segundo o ministro, uma eventual queda no consumo de carne bovina também pode beneficiar as cadeias produtivas de frango e de suíno, além de possibilitar o aumento do consumo de ração de proteína vegetal, como soja e milho.

As ações do governo na busca de novos mercados incluem a criação de três grupos de trabalho. Um deles vai preparar um conjunto de recomendações técnicas para prevenção da doença da vaca louca. Outro será encarregado de elaborar um plano de ação de marketing para divulgar aos mercados consumidores as vantagens competitivas da carne brasileira.

O terceiro grupo cuidará do planejamento estratégico para a defesa sanitária, discutindo, inclusive, a necessidade de mais recursos.

O ministro Roberto Rodrigues informou que já está negociando um aporte adicional de R$ 60 milhões no Orçamento para a defesa sanitária em 2004, além dos R$ 68 milhões já definidos.

Ele reiterou, porém, que o Brasil fará um trabalho forte de prevenção para vaca louca, mas destacou que não há risco para o consumidor brasileiro.

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