La Paz – “Não posso errar. Tenho de aproveitar as chances que tiver, porque os atacantes brasileiros são ótimos e devem fazer algum gol na nossa defesa”, disse o atacante Joaquin Botero. Ele estava se referindo ao confronto de domingo, no Morumbi, entre Brasil e Bolívia, pelas eliminatórias da Copa do Mundo.
Baixinho (com apenas 1,71m), Botero é um jogador muito rápido e com bom posicionamento na área, o que lhe permite alguns gols de cabeça. Ele marcou quatro dos nove gols feitos pela Bolívia até agora nas Eliminatórias.
O atacante ganhou notoriedade em 1999, quando atuava no Bolívar e fez 49 gols no campeonato boliviano. Ninguém, no mundo, fez tantos gols em um campeonato nacional naquele ano. Por isso ganhou um prêmio da Federação Internacional de História e Estatística de Futebol. Em 1999, Botero transferiu-se para o Pumas, do México. E nesta terça-feira, atuou durante 72 minutos na vitória de 1×0 sobre o Real Madrid, no amistoso disputado no Santiago Bernabeu.
Botero afirmou que não perderia, em hipótese alguma, a oportunidade de enfrentar o Brasil. “É um grande time, com os maiores jogadores do mundo, e ninguém quer perder essa oportunidade. Farei de tudo para ajudar a Bolívia nessa partida”, revelou.
A Bolívia nunca venceu o Brasil como visitante. Todos sabem que a possibilidade de o tabu cair é pequena, mas prometem uma dedicação muito grande. “A chave para um bom resultado é estar bem concentrado o jogo todo, porque Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho podem definir a partida em um instante”, disse o zagueiro Oscar Sánchez, que tem 15 anos de seleção.
Durante a partida, ele poderá se adiantar um pouco, deixando para trás Raldes e Peña, os outros dois zagueiros, juntando-se assim aos volantes Tufiño e Luís Cristaldo. A função desses três jogadores será roubar alguma bola e lançar Botero. Ou os laterais Ribeiro e Colque, que poderão subir uma vez ou outra. Atrás desses laterais, estarão outros dois – Jáuregui e Álvarez -de posicionamento exclusivamente defensivo. Há uma dúvida no gol, entre Jose Carlos Fernández e Leonardo Fernández. O primeiro, que joga no Deportivo Medellin, da Colômbia, tem mais chances.