Ficou no quase

Brasil perde pra França e amarga o vice-campeonato da Liga Mundial de Vôlei

Brasil amargou mais um vice-campeonato na Liga Mundial. Foto: Albari Rosa

Mais uma vez ficou no quase. Diante de uma Arena da Baixada lotada, com mais de 23 mil torcedores, o Brasil começou bem, mas caiu de rendimento e novamente amargou o vice-campeonato da Liga Mundial de Vôlei ao perder para a França, no início da madrugada deste domingo (9), por 3 sets a 2 (25-21, 15-25, 23-25, 25-19 e 13-15) adiando mais uma vez o sonho do deca.

A última vez que o país faturou o título foi em 2010 (sendo este o quinto vice-campeonato neste período), enquanto os franceses conquistaram o bicampeonato. Curiosamente, o primeiro título dos europeus também havia sido no Brasil, em 2015, no Rio de Janeiro.

Comandados por Ngapeth, maior pontuador do jogo, com incríveis 29 pontos, e Boyer, que fez 18, o time europeu não se intimidou, foi superior em quase todos os quesitos e, no final, ainda teve sangue frio para virar o placar no tie-break. Do lado do Brasil, Wallace e Lucarelli foram os destaques, com 22 pontos cada um.

Como era esperado, Brasil e França fizeram um jogo muito equilibrado e disputado ponto a ponto. Tanto que um time só abriu dois pontos de vantagem no placar quando o Brasil fez 16-14, ou seja, quase na reta final do primeiro set. Errando muito nos saques, a seleção se recuperava nos bloqueios, num Bruninho inspirado, com boas inversões de jogo e nos fortes ataques de Wallace e Lucarelli, que ajudaram a fechar o primeiro set com certa tranquilidade: 25-21.

Só que o segundo set foi bem diferente. A França voltou com tudo, apostando novamente na dupla Ngapeth e Boyer em um ataque forte, ora em paralelas, ora em diagonais, chegou a abrir rapidamente 8-3, mantendo a vantagem de cinco pontos. Muito também pelos erros brasileiros. Se no primeiro set os ataques foram avassaladores, no segundo os lances não encaixavam, facilitando a defesa francesa, que praticamente pegava tudo que podia.

Assim, a vantagem foi só aumentando, até terminar em incríveis 25-14, reforçando a ‘maldição’ do segundo set, com a qual o Brasil tanto conviveu e sofreu nesta fase final.

Wallace foi o destaque do Brasil, mas o título não veio. Foto: Hugo Harada
Wallace foi o destaque do Brasil, mas o título não veio. Foto: Hugo Harada

Um chacoalhão que a seleção levou para o terceiro set. O time do técnico Renan Dal Zotto seguia errando muito, não encaixando o ataque e vendo os frances contra-atacarem até com certa facilidade. Aí quem entrou em cena foi a torcida.

Fazendo valer a Arena lotada, com gritos de incentivo, o público acordou o time, principalmente Wallace, que passou a acertar tudo. A diferença no placar foi caindo ponto a ponto, até empatar e virar na reta final, no 21-20. Só que nos últimos pontos a França voltou a acertar e venceu por 25-23.

Veio o quarto set e o Brasil manteve o ritmo do final do terceiro. Apostando as fichas em Wallace, o time também viu Lucarelli crescer no jogo mais uma vez e, principalmente, acertou a defesa, com a entrada do líbero Tiago Brendle e de Éder. Um set mais tranquilo e seguro, sendo definido em 25-19 para a seleção, que retomou a confiança.

Ajustes que vieram na hora certa, para decidir a final no tie-beak. E o Brasil voltou a ser o Brasil que chegou à final. No último set a seleção melhorou ainda mais o ataque e contou com os erros da França, que já não atacava com a mesma eficiência. Só que quando o título parecia vir, eis que os franceses voltaram para o jogo e, após estarem perdendo por 11-9, viraram e venceram por 15-13.

França fez a festa na Arena da Baixada. Foto: Albari Rosa
França fez a festa na Arena da Baixada. Foto: Albari Rosa
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