Acabou nesta quarta-feira o sonho do Brasil de chegar pela primeira vez a uma semifinal de um Mundial de Handebol. A seleção feminina brasileira lutou até o fim no Ibirapuera, mas perdeu para a Espanha, por 27 a 26, com um gol a 15 segundos do estouro do cronômetro, e foi eliminada da disputa pelo título nas oitavas de final da competição. Apesar da derrota, o time, às lágrimas, foi aplaudido de pé pela torcida que encheu o ginásio paulistano.

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O desempenho do Brasil, porém, foi o melhor dele na história dos Mundiais de Handebol. Antes, um sétimo lugar, em 2005, quando a competição ainda era jogada em fase de grupos até as quartas de final, havia sido o melhor que o Brasil fizera num Mundial. A seleção brasileira, porém, ainda briga pelo quinto lugar. Na sexta-feira, pega a Croácia.

Na semifinal, também sexta-feira, às 20h, novamente no Ibirapuera, a Espanha vai enfrentar a fortíssima Noruega, atual tetracampeã europeia e medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim. As norueguesas jogaram nesta quarta-feira contra a Croácia, também pelas oitavas, e venceram por 30 a 25.

Na outra chave estão Dinamarca e França. As francesas surpreenderam a Rússia, atual tricampeã mundial, vencendo por 25 a 23, na reedição da final do Mundial de 2009, na China. Já as dinamarquesas não tiveram dificuldade em vencer Angola por 28 a 23.

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O JOGO – A partida começou com amplo domínio da Espanha, que abriu 3 a 0 com um minuto e meio de partida. Graças à excelente atuação da goleira Navarro, a segunda melhor do Mundial, o Brasil demorou para deslanchar. Tanto que as espanholas não demoraram a fazer 6 a 1.

Quando o Brasil encontrou seu jogo, empatou a partida em 7 a 7. Depois, manteve uma distância pequena atrás do placar, de um a dois gols, indo assim para o intervalo (19 a 17). No início do segundo tempo, com Babi no gol e Duda inspirada, as brasileiras finalmente assumiram a liderança do placar, sem, contudo, abrir folga.

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Depois de chegar no placar de 23 a 23, o Brasil simplesmente parou de jogar. Deonize, Duda, Sílvia e Ana Paula, responsáveis pelas infiltrações e pelos tiros de longe, deixaram de levar perigo ao gol de Navarro.

A Espanha chegou a abrir dois gols, mas o Brasil foi buscar o resultado, graças principalmente a Deonize e ao apoio da torcida, já de pé.

Mesmo com uma jogadora a menos, a seleção brasileira manteve a igualdade em 26 a 26, com a posse de bola. Deonize, porém, tentou a infiltração, perdeu a bola, e deu o contra-ataque à Espanha, que marcou faltando 15 segundos. No último lance, o Brasil já tinha apenas quatro atletas na linha e acabou atrapalhado pelas faltas que a Espanha fez para correr o tempo.