Prata

Brasil perde dos EUA e fica com vice da Liga Mundial

Ainda não foi desta vez que o Brasil conquistou o seu histórico décimo título da Liga Mundial. Batido pela Rússia na final do ano passado, desta vez a equipe nacional caiu diante dos Estados Unidos, que venceram por 3 sets a 1, com parciais 31/29, 21/25, 25/20 e 25/23, neste domingo, em Florença, na Itália, e conquistaram pela segunda vez a competição.

Essa foi apenas a terceira final de Liga Mundial jogada pelos norte-americanos, que anteriormente haviam ficado com o título em 2008 e com o vice-campeonato em 2012. Já os brasileiros, depois de atropelarem a Itália por 3 sets a 0 nas semifinais, pintavam como favoritos ao título, mas acabaram caindo em uma decisão no qual voltaram a repetir os erros que marcaram a instável campanha do país nesta edição da competição.

Com seis vitórias e seis derrotas na primeira fase, o Brasil só se classificou à fase final da Liga Mundial no duelo derradeiro do estágio inicial da competição, diante da Itália, e chegou a ser derrotado pelo Irã na última sexta-feira. Entretanto, superou a Rússia e assim avançou às semifinais.

Campeão da Liga Mundial em 1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010, o Brasil foi derrotado pela quinta vez na final do torneio – foi segundo colocado também em 1995, 2002, 2011 e 2013.

O JOGO – Sempre um rival complicado para o Brasil, a seleção dos Estados Unidos justificou essa fama já a partir do primeiro set do confronto deste domingo. Embora com um time cheio de jovens valores e sem os medalhões de tempos recentes, travou uma parcial muito equilibrada com os brasileiros.

O Brasil chegou a abrir 12 a 10 em um bloqueio de Lucão e depois 15 a 13 em ataque de Sidão, mas os norte-americanos não deixavam o time de Bernardinho deslanchar no placar e chegaram ao empate no 18 a 18. Depois disso, as disputas seguiram parelhas e os brasileiros tiveram um set point após um ponto de bloqueio de Sidão, mas os rivais se safaram e depois conseguiram fechar a parcial em 31 a 29 após Lucarelli ser bloqueado em um ataque.

O segundo set também foi equilibrado e os norte-americanos seguiram fortes, voltando a colocar pressão sobre o Brasil ao abrirem 13 a 11. Mas, com três pontos seguidos, sendo um deles em um ace de Lucão, o Brasil virou para 14 a 13 e, após boa passagem de Raphael pelo saque, deslanchou e abriu 20 a 15. No fim da parcial, os Estados Unidos esboçaram uma reação e ficaram dois pontos atrás no 22 a 20, mas em seguida os brasileiros fecharam em 25 a 21.

O terceiro set também começou bem para os brasileiros, que de cara abriram 3 a 0. Entretanto, os norte-americanos reagiram, empataram e rapidamente começaram a se distanciar no placar. Se aproveitando de erros seguidos do time de Bernardinho, chegaram a fazer 18 a 10. Os brasileiros ainda descontaram a vantagem para quatro pontos no 23 a 19, mas os norte-americanos depois fecharam em 25 a 20.

No quarto set, o Brasil deu a impressão de que conseguiria forçar a disputa do tie-break ao abrir 14 a 11 com um ponto de Wallace. Entretanto, após novos erros dos brasileiros, os norte-americanos empataram em 14 a 14. A partir dali, os Estados Unidos retomaram a confiança e abriram 18 a 16, mas os brasileiros empataram em 19 a 19 em um bloqueio de Murilo e depois viraram para 20 a 19 em um ataque de Vissotto. Entretanto, os rivais não deixaram mais o Brasil desgarrar no placar e depois liquidaram o duelo em 25 a 23 com um ponto de ataque.

Wallace, com 16 acertos, e Lucão, com 14, foram os maiores pontuadores do Brasil no jogo, mas Sander e Anderson, respectivamente com 24 e 23, foram os maiores destaques ofensivos do confronto.

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