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Brasil perde da Holanda e encerra sonho de uma medalha no handebol feminino

A melhor geração da história do handebol feminino brasileiro, que foi campeã mundial em 2013, não conseguiu atingir a meta de ganhar uma medalha olímpica e pulverizar a modalidade pelo País. Nesta terça-feira, o time de Alexandra e Duda, duas atletas que já foram as melhores do mundo, perdeu da Holanda por 32 a 23, na Arena do Futuro, e se despediu do Rio-2016 nas quartas de final. As holandesas, vice-campeãs mundiais no ano passado, estão na semifinal pela primeira vez na história olímpica.

Em Londres, o Brasil também avançou como primeiro colocado do grupo. Com basicamente o mesmo elenco que está no Rio, deu o azar de encontrar nas quartas de final a equipe que depois faturaria o bicampeonato, a Noruega. A derrota, por dois gols, martela até hoje na cabeça das brasileiras. Agora, há algo ainda maior para se lamentar. A derrota desta terça foi em casa, com uma torcida pulsante jogando junto.

A eliminação é uma enorme frustração para a melhor geração que o handebol brasileiro já teve. Dani Piedade e Dara vão se aposentar e a tendência é que Deonise e Alexandra, entre outras, não aguentem mais uma ciclo olímpico inteiro. Duda, que foi a melhor do mundo em 2014, está com 29 anos e deverá carregar o Brasil daqui para frente. Nesta terça, entretanto, ela teve uma atuação bem abaixo da crítica. As goleiras Babi e Mayssa também foram mal.

O JOGO – Craque do time holandês, a central Polman começou com tudo. Fez dois gols e permitiu às holandesas abrirem 3 a 1. O Brasil tinha uma proposta de jogo diferente, apostando nas pontas. A seleção chegou a virar para 4 a 3 em uma sequência de lances que teve Babi defendendo um tiro de sete metros e Ana Paula marcando para o Brasil com uma jogadora a menos.

Mas aí, bastou uma sequência de vacilos ofensivos do time brasileiro, com três erros no ataque, e a Holanda virou para 8 a 5. A resposta veio rápido, com Fernanda, o que impediu o Brasil de se desesperar. Fran entrou bem no jogo e também ajudou muito. Sofreu dois dos três “pênaltis” convertidos por Fernanda e que permitiram a vantagem da Holanda no intervalo fosse de só um gol: 12 a 11.

O Brasil, entretanto, voltou sonolento do vestiário. Em oito minutos, tomou seis gols. Morten tentou resolver trocando de goleira. Babi, que tinha atuação apenas regular, deu lugar a Mayssa. Em 10 minutos, a reserva levou seis gols e só fez uma defesa. Logo saiu, mas aí o jogo já estava entregue, com 22 a 16 no placar.

A culpa, claro, não foi só das goleiras. Nesse meio tempo, Fernanda e Ana Paula desperdiçaram um tiro de sete metros cada uma. Na defesa, quase todo ataque holandês entrava com facilidade na linha de 9 metros. A torcida até gritou várias vezes o tradicional “eu acredito”, mas, na metade do segundo tempo, isso já era só força de expressão.

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