Brasil nas quartas do Mundial feminino

São Paulo – O Brasil venceu o Canadá por 82×41, ontem, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e se classificou para as quartas-de-final do Mundial Feminino de Basquete, fechando a segunda fase com quatro vitórias e duas derrotas.

A vitória folgada, no entanto, pode ter custado caro para a seleção treinada por Antonio Carlos Barbosa: a ala Janeth, que vinha sendo uma das melhores em quadra, torceu o tornozelo direito numa disputa de bola e pode ficar de fora dos três jogos restantes (ver matéria). Amanhã, a equipe, que terminou em terceiro lugar no grupo E, disputa as quartas-de-final contra a República Tcheca, segunda na chave F.

A seleção dominou a partida desde o início, abrindo 17 a 4 logo nos primeiros minutos. O técnico Antonio Carlos Barbosa pôde aproveitar para fazer várias alterações e dar ritmo de jogo às reservas. Mesmo assim, a equipe não perdeu o ritmo e continuou abrindo vantagem terminando com o dobro de pontos da rival – foi a vitória mais elástica do Brasil na competição.

Iziane terminou a partida como a cestinha das brasileiras, com 17 pontos, enquanto Janeth, mesmo jogando apenas metade da partida, foi a melhor no garrafão, com 11 rebotes. Pela equipe canadense, a principal jogadora foi a pivô Tamara Sutton-Brown, que joga no Charlotte Sting, da WNBA, e terminou com 14 pontos e 5 rebotes.

?A gente cresceu muito dentro do campeonato e, agora, é focar no jogo de quarta-feira?, disse a armadora Helen. ?Estamos conscientes de que cada uma tem sua função na quadra?, completou.

Vitória russa

A seleção da Rússia venceu Cuba por 96×81, em Barueri, na partida que abriu a última rodada do Grupo F. O resultado garantiu a classificação da equipe européia para as quartas-de-final e eliminou as cubanas, que vão disputar do 9.º aos 12.º lugar.

A armadora Ilona Korstin foi a cestinha do jogo, com 26 pontos e um aproveitamento perfeito nos lances livres (acertou os 7 arremessos) e nos chutes de três pontos (converteu as três tentativas). De quebra, terminou ainda como a melhor reboteira da partida, com 14 rebotes, sendo 5 deles no ataque. No time cubano, os destaques foram Yakelyn Plutin, com 18 pontos e 7 rebotes, e Yayma Boulet, com 17 pontos e 9 rebotes. Outros resultados de ontem: Austrália 83×49 e França 64×66 China.

Janeth vira dúvida para próximos jogos

São Paulo – A ala Janeth vai fazer tratamento intensivo para se recuperar de um entorse no tornozelo direito e tentar defender o Brasil nas quartas-de-final do Mundial Feminino de Basquete. Ela se contundiu no início do terceiro quarto da partida desta segunda, contra o Canadá, vencida pelo Brasil por 82×41, e saiu de quadra carregada e já fazendo aplicação de gelo na região lesionada.

O Brasil vencia o jogo por 49×26 quando ela caiu em cima do pé da canadense Kimberley Smith numa disputa de rebote no garrafão do Brasil. Até então, vinha sendo uma das principais atletas, com 10 pontos e 11 rebotes nos 18 minutos que esteve em quadra -terminou o jogo como a melhor reboteira.

?Fui saltar na bola e pisei no pé da canadense. Está bem dolorido e espero que não seja nada para a gente se recuperar logo?, disse a jogadora, que prometeu estar em quadra nas quartas-de-final, ?nem que seja engessada?.

Os médicos da seleção disseram que a contusão é leve e Janeth deve ter condições de jogo. Se o Brasil vencer, disputa as semifinais na quinta-feira, e a final, ou decisão do terceiro lugar, no sábado. ?O importante é ela se sentir bem e aproveitar esse dia de folga para se recuperar?, afirmou a armadora Helen.

Janeth, que começou mal a competição, subiu de produção nos últimos jogos, especialmente na derrota de domingo para a Austrália. Aos 37 anos, ela está em seu quinto mundial com médias de 13,8 pontos e 6,5 rebotes, por jogo.

Presidente da Fiba critica organização

São Paulo – Decepcionado com o mundial feminino, que está sendo realizado no Brasil, o presidente da Federação Internacional de Basquete (Fiba), Bob Elphenson, e o secretário-geral, Patrick Baumann, criticaram a organização do evento. Para os dirigentes, o país parou no tempo e não tem condições de receber o Torneio Pré-Olímpico, que acontece entre 7 e 13 de julho de 2008.

?O mundo mudou, não dá para se basear nas coisas que aconteceram no passado. O Brasil realizou campeonatos com garra, assim como faz agora. Mas as exigências de hoje são muito maiores?, disse Baumann, lembrando as edições de 1957, 1971 e 1983, quando a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) recebeu o evento.

Segundo o secretário-geral, a entidade está muito desapontada com o público brasileiro. ?Até agora, temos cerca de 25 mil espectadores na primeira semana, isso é muito pouco. No último mundial (China), tivemos público geral de quase 200 mil pessoas. Para chegar perto desse número teríamos de encher o Ibirapuera todos os dias até a final?, esbravejou.

O dirigente também lembrou a falta de torcida em Barueri, que recebe os jogos dos Estados Unidos e da Rússia, atuais campeão e vice do mundial, respectivamente. ?Não sei porque não temos público em Barueri. Os torcedores brasileiros são mais ligados à seleção, tendem a ir assistir apenas ao seu time?.

Já o presidente da Fiba, Bob Elphenson, descartou o Brasil como sede do Torneio Pré-Olímpico Mundial. ?Recebemos ofertas de diversos países, e pretendemos realizar esta competição no mais alto nível?, comentou.

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