Comandada pelo experiente Leandro Macedo, a seleção do Brasil tenta o bicampeonato no Mundialito Cidade de Santos de Fast Triathlon Masculino, hoje, na Ponta da Praia, em Santos. Reunindo triatletas de seis países, a competição tem um formato especial, transformando o triatlo de uma disputa individual em equipe.

Serão três atletas por país, competindo em três baterias (com curtos intervalos de descanso), com 250 metros de natação, 4.200 de ciclismo e 1.350 de corrida. Além do gaúcho radicado em Brasília, Leandro Macedo, eleito pelo Comitê Olímpico Brasileiro como o triatleta do século, o Brasil contará com o carioca Virgílio de Castilho, prata nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo e atual campeão nacional e sul-americano, e o paulista Reinaldo Colucci, apontado como uma das grandes promessas da modalidade.

“Esta é a única vez que podemos pensar em grupo. Trabalhar em conjunto. E é isso que vamos fazer neste domingo (hoje), competir pensando totalmente no 1.º lugar por equipe para o Brasil. O título individual é conseqüência”, afirma Leandro Macedo, atual campeão do evento e melhor latino-americano no ranking mundial, na 29.ª posição, estando muito próximo da vaga nas Olimpíadas de Atenas. “Vou competir ao lado de dois triatletas muito fortes e que são calouros no Mundialito. Isso pode ajudar, pela motivação, vontade de vencer”, ressalta o capitão.

Entre os principais nomes que podem dar trabalho, ele destaca o canadense Brent McMahon (campeão do Mundialito em 2001), o norte-americano Brian Fleischmann e o sul-africano Claude Eksteen, respectivamente vice-campeão e 3.º colocado na edição anterior. “Todos eles sabem competir muito bem nessa prova e, como disse, vai depender da preparação que fizeram. Todos estão instigados com a vitória do Brasil no ano passado”. ressalta.

“Tem também o Daniel Fontana (argentino), que já competiu várias vezes no Fast, nunca conseguiu uma boa colocação e pode surpreender”, acrescenta Leandro. Para Virgílio de Castilho, o objetivo principal é competir para defender o título por equipe. “Vamos ver como vai ser o resultado da 1.ª bateria. Daí podemos traçar uma estratégia para trabalhar em equipe. O título por equipe é o mais importante”, completa o triatleta, que atravessa a melhor fase da carreira e fez uma preparação específica para esta prova.

Rivalidade

A velha e boa rivalidade contra os vizinhos argentinos vai ser uma atração à parte na disputa de hoje. Na 1.ª edição do Fast no Brasil, em 1999, foi realizado o Desafio Brasil x Argentina e quem levou a melhor foi Oscar Galindez, argentino que mora justamente em Santos há oito anos. Desta vez, o 1.º campeão não irá participar, porque disputou e conquistou o tricampeonato no Meio Ironman de Pucon, no Chile, no último domingo, e optou por descansar.

Mas os “hermanos” terão um representante forte. Daniel Fontana, atual 30.º colocado no ranking mundial, exatamente uma posição atrás de Leandro, chega como um dos cotados. Ele espera chegar ao pódio do Fast pela 1.ª vez, em sua 4.ª participação.

Em alta velocidade

A competição começa às 9h na Ponta da Praia, junto ao Aquário Municipal. Empolgante, a prova apresenta um formato diferenciado, com a velocidade sendo fundamental, inclusive na área de transição (onde os triatletas trocam de modalidade).

“É uma competição muito curta e os erros não são permitidos. Se o atleta errar, não tem como recuperar, até porque o nível técnico é muito alto e qualquer pequena vantagem pode ser bem aproveitada pelos rivais”, comenta o diretor técnico do evento, Hélio Takai.

Estarão competindo 18 triatletas de seis países – Brasil, Canadá, Estados Unidos, África do Sul, Japão e Argentina. O Mundialito de Fast Triathlon Masculino tem o patrocínio de Oi, Sedex e Fisk. Co-patrocínio da Prefeitura Municipal de Santos e, Pão de Açúcar e Ourocard.

continua após a publicidade

continua após a publicidade