A Argentina é uma notória “freguesa” do Brasil no vôlei masculino, mas neste sábado teve uma noite de glória ao derrotar a seleção brasileira por 3 sets a 1, de virada, com parciais de 19/25, 25/21, 25/22 e 25/19, diante de seus torcedores no ginásio Orfeo Superdomo, em Córdoba, pela terceira semana de disputas da Liga Mundial.
E o triunfo foi histórico, pois nunca os argentinos haviam superado o Brasil em um jogo válido pela tradicional competição, sendo que essa foi apenas a segunda vitória em oito jogos disputados nesta edição do torneio.
Os argentinos entraram em quadra para pegar o Brasil como lanternas desta Liga Mundial antes de surpreenderem e assumirem a penúltima posição, com oito pontos, deixando a Itália em último, com seis – atuais vice-campeões olímpicos, os italianos realizam péssima campanha e caíram por 3 a 1 diante da Bélgica neste sábado.
Com o revés histórico, a equipe comandada pelo técnico Renan Dal Zotto passou a contabilizar três derrotas e cinco vitórias em oito jogos nesta Liga Mundial, na qual estacionou na terceira posição da classificação geral, com 16 pontos, contra 18 da vice-líder Sérvia, que somou ao menos um ponto por ter vencido dois sets na derrota por 3 a 2 para a Bulgária, horas mais cedo, também em Córdoba. A França, que em outro duelo do dia bateu o Canadá por 3 sets a 0, disparou no topo, com 22 pontos.
Na última sexta-feira, o Brasil havia derrotado a Bulgária por 3 sets a 0, também em Córdoba, onde neste domingo fecha a sua participação nesta terceira semana de disputas da Liga Mundial em confronto com a Sérvia, marcado para começar às 16h10 (de Brasília).
Depois deste confronto diante dos sérvios, a seleção brasileira irá retornar ao Brasil focada na disputa da fase final da Liga Mundial, para a qual já estava classificada desde o começo da competição por ser país-sede deste estágio que definirá o campeão. Esta fase derradeira ocorrerá neste ano de forma diferente, pois será realizada em um estádio. No caso, a Arena da Baixada, em Curitiba, entre os dias 4 e 8 de julho.
No jogo deste sábado, o Brasil foi à quadra com os titulares Bruninho, Lucarelli, Maurício Borges, Maurício Souza, Lucão e Wallace, todos campeões olímpicos sob o comando de Bernardinho nos Jogos do Rio, no ano passado. E a equipe iniciou bem o confronto ao confirmar favoritismo com tranquilidade no primeiro set, fechado com a confortável vantagem de 25 a 19.
A partir da segunda parcial, porém, o time brasileiro caiu muito de rendimento, sofreu uma série de “apagões” e amargou a inesperada virada no placar. Nem mesmo os 18 pontos marcados por Wallace, maior destaque ofensivo do jogo, foram suficientes para evitar a reação argentina, que teve Sebastian Solé e Martin Ramos marcando 13 pontos cada um.
Lucarelli foi o outro principal destaque ofensivo do Brasil, com 15 pontos, mas a atuação coletiva da equipe esteve muito abaixo do esperado e o time acabou sucumbindo diante de uma empolgada Argentina apoiada pelos seus torcedores.
Maior campeã da Liga Mundial, com nove títulos, a seleção brasileira almeja uma histórica décima conquista neste ano, quando também espera encerrar um jejum de taças da competição que dura desde 2010, sendo que de lá para cá amargou vice-campeonatos em 2011, 2013, 2014 e 2016.